Um grupo de pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), divulgou um questionário investigativo afim de averiguar o perfil dos participantes da manifestação Pró–Bolsonaro, no último domingo (26), em Maceió. Segundo a pesquisa, em relação ao contingenciamento dos recursos das universidades federais, 91,3% dos manifestantes afirmaram ser favoráveis.
O evento, que também aconteceu em outras cidades do país, é de repercussão nacional e motivou pesquisadores a realizar levantamento de informações relacionados ao perfil e a motivação dos presentes em participar do ato.
Foi aplicado, por amostragem, questionário contendo 26 perguntas fechadas, as quais foram respondidas por 112 entrevistados.
Os dados coletados apontam que 72% dos entrevistados estão na faixa etária dos 30 a 60 anos, sendo 61,6% casados ou com relações conjugais estáveis. A renda familiar de 42% dos entrevistados está entre 2 a 7 mil reais, sendo estes em sua maioria profissionais autônomos (26,8%) e integrantes do serviço público (20,5%). Quando perguntados sobre o nível de escolaridade, 44,6% declararam ter ensino superior completo. 48,2% se declararam brancos e 50% se disseram católicos.
Dentre as principais razões (40,2%) por estarem presentes no ato, os manifestantes indicaram apoio à gestão do presidente Bolsonaro e em oposição ao Congresso. A defesa da reforma da presidência contabilizou 26,8% das motivações dos participantes. Com relação às cotas nas universidades públicas 87,6% se mostraram contrários. A redução da maior idade penal é aprovada por 98,1% dos manifestantes e a facilitação do porte de arma por 85,7%.
Os dados também apontaram que 57% não fazem parte de grupos organizados e apenas 8% participam de partidos políticos. A participação em algum movimento social contabilizou 8,9%.
Os participantes, em sua maioria (80,4%), afirmaram tomar conhecimento do ato através do WhatsApp, Facebook e Instagram. É também, por meio das redes sociais, como Instagram e Facebook, que 67,6% buscam informações sobre política, que se dá de forma diária por 80% dos entrevistados.
Ainda segundo a pesquisa, constatou-se que 81,9% estão insatisfeitos com a democracia, contudo 84,8% defendem que a democracia ainda é a melhor forma de governo. Apesar disso, cerca de 48,6% admitem que apoiariam a tomada de poder pelos militares frente à uma crise política, visto que 91,4% não confiam nas instituições democráticas como STF, Senado e Câmara dos Deputados.
*com Assessoria










