Em entrevista a este blog, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, comentou o resultado da pesquisa realizada pelo Ibrape, que foi divulgada pelo CadaMinuto e outros veículos de comunicação. O Instituto buscou saber os mais bem avaliados na disputa pela Prefeitura de Maceió.
Nas simulações feitas pelo Instituto, Alfredo Gaspar aparece como o segundo colocado nas intenções de votos, perdendo apenas para o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB).
Na primeira simulação, JHC tem 24% dos votos. Gaspar aparece com 19%, seguidos do deputado Davi Davino (PP), com 13% e Ronaldo Lessa (PDT) – atual secretário de Agricultura – com 8%.
Há outros nomes como o deputado Cabo Bebeto e a deputada federal Tereza Nelma (PSDB), que possuem 3% cada. O vereador por Maceió, Kelmann Vieira (PSDB) e o secretário Maurício Quintella (PR) ficam com 2%. Até o nome do vereador Francisco Sales (PPL) aparece junto com o do vice-prefeito Marcelo Palmeira (PP) e o do empresário Rafael Tenório, com 1%.
A pesquisa foi realizada no período de 18 e 19 de maio e ouviu 5 mil eleitores nos bairros de Maceió. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 3,0 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. Há outros cenários que o leitor pode observar nas matérias do CadaMinuto.
Ao comentar o assunto, Alfredo Gaspar foi enfático: “Sinto-me lisonjeado em ser lembrado pelos meus conterrâneos, mas o meu foco é 100% nas minhas obrigações no Ministério Público”. Em outras palavras, o procurador-geral destaca que não pensa em eleições, pelo menos agora.
Nos bastidores, as informações são de que Alfredo Gaspar já foi sondado pelos grupos do Palácio República dos Palmares, ou seja: Renan Filho (MDB), e por pessoas próximas ao prefeito Rui Palmeira (PSDB).
Há muita água para passar por baixo dessa ponte. Vale lembrar que – em 2018 – o nome do procurador chegou a ser cogitado como um possível candidato ao Senado Federal.
Alfredo Gaspar chegou a conversar com aliados sobre a possibilidade de uma candidatura, mas teria que deixar o Ministério Público. Como o cenário favorável, a candidatura não se concretizou, o procurador-geral acabou não disputando o pleito.
Todavia, a movimentação em torno do seu nome foi vista nas ruas. Foram feitos adesivos de pré-campanha de forma espontânea, angariando apoio de lideranças de movimentos de rua. O nome de Alfredo Gaspar ser lembrado não é uma novidade, nem surpresa. Resta saber se, diante do desenrolar dos fatos, o procurador-geral manterá a posição que tem hoje.
O discurso de cautela adotado por Alfredo Gaspar e focado na atividade do Ministério Público é correto. Afinal, se ele avança o sinal corre o risco de confundir as coisas e ser atacado justamente por isso.
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