Os vereadores por Maceió querem esclarecimentos da  presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) advogada Walquíria Lúcia Lins de Araújo sobre a nota enviada ao prefeito Rui Palmeira (PSDB) onde classificou como “inescrupulosos” os projetos elaborados pelos parlamentares.

Essa rotação de colisão entre o Conselho e os vereadores é devido à eleição dos novos conselheiros tutelares em Maceió. Walquíria Lúcia defende que os candidatos tenham nível superior para concorrer e afirmou, na própria nota, que muitos dos atuais conselheiros municipais não conseguem elaborar um relatório com clareza e concisão.

O problema é que a lei de 2015 diz que os candidatos precisam ter curso superior para poder concorrer. Nesta semana, a Câmara aprovou lei que altera os critérios de escolaridade, considerando que, agora em 2019 e no próximo pleito em 2023, vai poder se candidatar quem estiver cursando o terceiro grau somente. Maceió conta com 50 conselheiros tutelares, divididos em 10 regiões administrativas na capital alagoana.

O vereador José Márcio Filho (PSDB) pediu para que a presidente do Conselho comprove que os parlamentares aprovaram leis que têm o objetivo de ludibriar e disse renunciar ao mandato caso a Walquíria Lúcia apresente as provas.

“É um absurdo e uma falta de respeito sem tamanho o que essa senhora disse tanto com esta Casa como com os conselheiros tutelares de Maceió. Aqui da Tribuna, exijo que ela prove que nós vereadores aprovamos leis que têm o objetivo de ludibriar quem quer se seja. Se ela provar, eu renuncio meu mandato e creio que os meus pares devem fazer o mesmo. Caso contrário, ela tem que sair da presidência do Conselho porque não há mais clima para que ela permaneça. Precisamos trabalhar no sentido de achar soluções para os problemas, e não ser irresponsáveis a esse ponto”, declarou.

Siderlane Mendonça lembrou que a Casa se reuniu com o Conselho na semana passada e que a presidente sabia que a Câmara trabalhava em projeto de lei para que houvesse a mudança nas regras que garantem acesso ao cargo de conselheiro tutelar de Maceió.

“Precisamos ser respeitados como parlamentares eleitos de forma democrática pelo povo de Maceió. Não é razoável que a presidente do CMDCA se utilize de expediente dessa natureza para afrontar os parlamentares. Em nenhum momento, ela se mostrou disposta ao entendimento porque sabia que trabalhávamos em um consenso para que Maceió não pudesse ficar sem conselheiro tutelar, com a exigência da lei para que o candidato só pudesse concorrer a uma das vagas se tivesse curso superior completo. Por isso, vamos convidá-la para que ela venha aqui na Câmara e se retrate”, disse o vereador do PEN.

O convite é para que a presidente do CMDCA compareça à Câmara na próxima quarta-feira (15), às 15h.

*Com informações da Assessoria.