Moradores que residem em todo trecho que engloba a área verde do bairro do Pinheiro, sentiram firmeza depois que o Assessor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Thales Queiroz Sampaio, apresentou um amplo laudo técnico na última quarta-feira, durante audiência pública no auditório da Justiça Federal, no bairro da Serraria. “Estou agora bastante aliviada depois dessa importante informação, pois acredito na total firmeza da nossa área, sobretudo baseado no valioso trabalho apresentado por técnicos capacitados”, vibrou dona Benedita Ferreira, que há mais de três décadas ancorou sua residência com a família naquela região.
Thales foi categórico com base em todos os estudos e análises realizadas por meio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), onde chegou às seguintes conclusões: a área vermelha é instável em processo continuo de subsistência (desde 2016, ou antes) ao lado de estável (verde). Na transição entre as duas áreas (amarelo) ocorrem o quebramento. Thales Queiroz Sampaio destacou que:
1 – Está ocorrendo desestabilização das cavidades provenientes da extração de sal-gema, provocando halocinese (movimentação do sal) e criando uma situação dinâmica com reativação de estruturas geológicas preexistentes, subsidência e deformações rúpteis em superfície em parte dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
2 – No bairro Pinheiro, cujo reflexo da subsidência é a formação de uma zona de deformação rúptil (fissuras e rachaduras), a instabilidade do terreno é agravada pelos efeitos erosivos provocados pelo aumento da infiltração da água de chuva em plano de fraturas/falhas preexistentes e presença de solo extremamente erodível, em função do aumento significativo da permeabilidade secundária (quebramentos). Este processo erosivo é acelerado pela existência de pequenas bacias endorreicas, falta de uma rede de drenagem pluvial efetiva e de saneamento básico adequado.
Veja abaixo outro mapa bem visivel da situação...