O pedido de bloqueio de R$ 6,7 bilhões feito pelo Ministério Público e a Defensoria sobre as contas da Braskem S.A foi um acalento para os moradores dos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro.

Os movimentos que representam os moradores já haviam pedido aos órgãos estaduais e municipais o pedido de bloqueio das contas para resguardar as indenizações às famílias. De acordo com Geraldo Vasconcelos, representante do movimento SOS Pinheiro, “tanto o Decreto de Calamidade quanto o bloqueio das contas eram um dos grandes objetivos do Movimento SOS Pinheiro, haja vista que toda população do Pinheiro, Mutante e Bebedouro estava desguarnecida objetivamente das potenciais indenizações dos seus imóveis”.

De acordo com o MP e a Defensoria, o pedido de bloqueio com tutela antecipada é justamente para assegurar uma possível indenização aos moradores que tiveram as residências comprometidas com as rachaduras e até mesmo com a desvalorização do imóvel.

Além do bloqueio, Geraldo colocou que o grupo também vem pedindo a paralisação das operações, o comunicado a embaixada holandesa e a CVM. “Já não faz mais sentido as operações continuarem. É um acinte a sociedade alagoana, ao povo de Maceió e uma brutal agressão à natureza”, afirmou Vasconcelos.