Comentei – aqui nesse blog – a posição do deputado estadual cabo Bebeto (PSL) em relação à reforma da Previdência quanto aos militares. O parlamentar participou de um evento onde se mostrou crítico a mudanças de regras enaltecendo a diferença existente entre militares e civis. Destaquei que o Cabo Bebeto se pronunciava antes mesmo de uma proposta concreta por parte do presidente e correligionário Jair Messias Bolsonaro (PSL).
Por conta de seu posicionamento, o deputado estadual foi questionado também por parcela de seus eleitores nas redes sociais. Afinal, muitos dos que votaram no cabo Bebeto são apoiadores do governo de Jair Bolsonaro. A posição do parlamentar aparecia como uma crítica direta ao Executivo federal.
Diante dos questionamentos, o parlamentar fez vídeo em suas redes sociais. Como tratei do assunto, trago aqui as explicações dele.
Cabo Bebeto diz que participou de uma discussão na Assembleia Legislativa de Pernambuco. “Muito do que tem para o militar tem também para o funcionário público em geral (...) Primeira coisa, não tem FGTS, hora extra, adicional noturno, então é muito diferente. Há uma diferença entre o servidor público e o privado”, inicia o parlamentar.
“É preciso tratar isso. Eu tenho uma carteira de trabalho. Se a PM me desse os direitos trabalhistas que o funcionário civil tem, eu aceitaria a reforma. Então, como vamos tratar os desiguais como iguais. Não somos contra a reforma. Ela tem que ser feita. Agora, temos que tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais que são”, complementa.
O parlamentar se diz – portanto – favorável à reforma, mas destaca a importância de discutir, segundo ele, a questão do militar em separado. “Sou a favor do governo Bolsonaro. Mas não vou concordar com tudo. É um direito meu. Eu tenho o direito de questionar, discutir, discordar, isso é democracia. Então, vamos tentar antes de fazer crítica estudar o assunto. Vocês vão conhecer realidades que muita gente não conhece, como as diferenças entre os servidores públicos e privados”, frisou.
Cabo Bebeto pede para que reflitam sobre a situação da polícia civil, guarda municipal e diz que a situação pior é do militar. “O militar é mais carente porque ele tem acima de tudo isso o regime militar, que é quase uma escravidão”, diz. “São essas coisas que tem que acabar. Dando os direitos que a gente deveria ter, eu sou a favor da reforma do jeito que está. Tratemos os iguais como iguais e os desiguais como desiguais que são”, finalizou.
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