Caro leitor, antes de mais nada: desejo um bom Carnaval. Que o período seja - para quem gosta das festividades - de paz e brincadeira sadia. Aos que - como eu - são mais afeitos ao silêncio e ficam observando à distância, que também este seja produtivo.
Mas, antes dessa breve pausa que se inicia amanhã (neste blog, que retornará na quinta-feira, salvo exceções), permita-me falar um pouco sobre Literatura.
É que, sempre tiro o período de descanso para duas coisas: atualizar leituras e aproveitar mais a família.
E aí, caro leitor, parto para o meu Carnaval diante de uma grata surpresa: a literatura do escritor carioca Alberto Mussa. Muitos amigos - inclusive alguns também escritores, como é o caso do renomado Alexandre Costa (autor de O Brasil e a Nova Ordem Mundial) - já haviam me indicado os romances e contos de Mussa, mas até então eu não havia tido a chance.
Nesta semana, ao ir à livraria, deparei-me com A Biblioteca Elementar de Alberto Mussa em uma das estantes. Peguei o livro ao lembrar das indicações e comecei a ler ali mesmo, entre um café e outro. Uma maravilhosa surpresa que nos enche de esperança em relação ao futuro da Literatura em nosso país.
Mussa - que é de uma geração mais moderna, pois é nascido em 1961 - apresenta A Biblioteca Elementar em um projeto ambicioso. Faz parte de uma obra maior de cinco livros, que podem ser lidos fora de ordem, pois não são necessariamente complementos ou histórias continuadas.
Agora, juntos, os escritos perfazem cinco séculos do Rio de Janeiro e consequentemente da formação de identidade de nosso país.
São romances policiais com uma brilhante ambientação histórica, dramas complexos, suspenses e persongens que dialogam com valores, tabus, religiosidades, preconceitos, sem - graças ao bom Deus - sucumbir à lacração pós-moderna. Tudo entra na medida certa e com uma Língua Portuguesa impecável.
Fiquei preso à leitura de A Biblioteca Elementar e só consegui soltar o livro ao seu término. Mussa nos leva à indiscritível sensação de ficar horas mergulhados na viagem da leitura, esperando o que vai acontecer com cada personagem e tentando desvendar antecipadamente os mistérios da trama.
Não tive dúvidas, e da cafeteria da livraria, chamei a atendente e solicitei:
- Minha querida, por obséquio, traga-me tudo que você tiver desse autor.
Além de voltar para casa com A Biblioteca Elementar, pude trazer uma série de outros livros de Alberto Mussa: A Primeira História do Mundo, O Senhor do Lado Esquerdo, o Enigma de QAF, O Trono da Rainha Jinga, A Hipótese Humana, e Os Contos Completos.
Não são todos dele. Mas, diante dos adquiridos, pretendo perfazer toda a obra.
No mesmo dia em que li A Biblioteca Elementar, já enveredei pelo A Primeira História do Mundo. Nele, a mesma qualidade. Folheei alguns contos e também é surpreendente. Enfim, Literatura de primeira.
É o que me acompanhará no período de descanso.
Como tudo que é bom a gente compartilha, então indico aos leitores.
Claro, não para agora.
Sei que muitos de vocês partem para as festividades do momento e isso é muito bom. Todavia, fica a dica para os momentos em que quiserem boa diversão e cultura de qualidade.
No mais, um bom Carnaval a todos.
Estou no twitter: @lulavilar