No dia de ontem, 25, fiz um texto aqui sobre a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Alagoas (ARSAL). 

Destaquei pontos públicos e evitei fazer determinados juízos de valores porque não foram apurados por mim. Porém, são relevantes porque são expostos por jornalistas de credibilidade e intelectualmente honestos, como é o caso do colega Davi Soares, no Diário do Poder. Ele fala de algo grave.

A matéria lá presente fala de uma empresa e uma contratação de R$ 12 milhões que está sendo investigada e foi alvo de ação na Justiça. Isso é público. 

Agora, o que chama atenção é o seguinte: tudo indica que há uma disputa entre grupos políticos dentro da própria ARSAL. O fruto disso é surgirem denúncias de tudo que é lado. A situação parece ter incomodado o presidente Laílson Gomes. É o que se observa em um texto publicado no site Folha de Alagoas, em que Gomes é o personagem da matéria. 

Nela, Gomes diz ter feito uma "limpa" no órgão e remete os problemas ao passado. Detalhe: um passado não tão distante e que também faz parte da gestão do governdor Renan Filho (MDB). 

Ele defende a contratação da atual empresa de prestação de serviço como uma ação para corrigir irregularidades cometidas nesse passado. É dito que a quebra de contrato com a empresa anterior deixou pessoas do setor público e privado indignadas. Mas, os nomes dessas pessoas não são revelados. 

Surge uma pergunta: essas pessoas possuem ligação com o atual governo? Afinal, como já dito, esse pretérito da ARSAL também pertence ao governo Renan Filho. O fato de ninguém ser citado nominalmente faz com que se cobre ainda mais a transparência para o que ocorre ou deixa de ocorrer no órgão. 

A matéria da Folha de Alagoas diz que o presidente Laílson Gomes prepara um dossiê para entregar ao Ministério Público. Se verdade, espero que seja um documento público. Afinal, trata-se de recursos dos pagadores de impostos. 

Gomes diz que está agindo respaldado pela legalidade e pronto para qualquer questionamento. “Aqui não há regalia para ninguém, todos são tratados de forma justa e isonômica.  Não há chance para empresário picareta meter a mão na coisa pública e isso deixa muita gente frustrado”, eis uma de suas falas à Folha de Alagoas. 

A reportagem ainda fala da disputa política pela ARSAL nesse segundo mandato de Renan Filho. Uma disputa que inclui aliados derrotados. Quem são eles? 

Não interessa para a população as alianças políticas com A ou B visando cenários futuros, como 2020. Interessa que os serviços públicos sejam prestados e que suspeitas sejam apuradas. 
 

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