A nova composição das comissões do Senado Federal já foi acertada pelo presidente Davi Alcolumbre (Democratas) e os líderes de bancadas. O MDB - partido que tem o maior número de parlamentares - ficou com três comissões: Orçamento, Educação e Constituição e Justiça.
Conforme bastidores, a legenda ficou satisfeita com a distribuição. Porém, quem perdeu espaço foi o senador Renan Calheiros (MDB). O alagoano se vê cada vez mais reduzido no atual contexto. Não conseguiu chegar a presidência, apesar de indicado pela bancada.
Calheiros desistiu da candidatura quando sentiu a derrota em um processo tumultuado.
Quem cresceu no MDB foi a principal rival de Calheiros: a senadora Simone Tebet, que ganhou a titularidade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Esta é a comissão mais disputada da Casa, por ser considerada o "coração" do Senado. Dela, dependerá muito o governo para passar a sua pauta.
Na oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o Partido dos Trabalhadores ficou com a Comissão de Direitos Humanos. O PSL de Bolsonaro ocupa a Comissão de Agricultura.
Segundo bastidores, Renan Calheiros também enfraqueceu nessas negociações por conta de articulações envolvendo Alcolumbre que só garantiu a CCJ ao MDB caso ela fosse comandada por alguém que não fosse aliado de Calheiros. Por isso o nome de Tebet.
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