A Universidade Federal de Alagoas terá um grupo de trabalho desenvolvendo estudos técnicos e contribuindo com informações para acompanhar o caso das rachaduras no Bairro do Pinheiro. A solicitação partiu do Ministério Público Estadual, através do procurador Diógenes Lira, e da deputada federal Tereza Nelma, em reunião com a reitora Valéria Correia, técnicos e professores, na última sexta-feira, 25.

O procurador Diógenes Lira reforçou a magnitude do problema e que o que está acontecendo no Pinheiro não é algo comum. “Acionei o auxílio da Ufal, junto à deputada Tereza Nelma, para entender de que forma a Universidade pode contribuir, não só na identificação das possíveis causas, mas também no desenvolvimento de um projeto dimensionado de recuperação do bairro. Esses laudos podem levar meses para ficarem prontos. Mas enquanto isso não podemos ficar parados.”, disse o procurador.

A deputada Tereza Nelma também manifestou preocupação porque, como vem acompanhando o problema desde o início, sabe que as rachaduras são gradativos. “Conheço várias pessoas que moram no Pinheiro e sei que essas rachaduras iniciaram há anos, com pequenas fissuras que pareciam inofensivas. Mas certamente isso já indicava que algo estava errado. A Ufal deveria ser parte disso desde o início. Eles tem estudos importantes que certamente auxiliarão,  diminuindo as suposições e, consequentemente, o terrorismo que vem sendo feito aos moradores”, disse ela. 

A reitora, Valéria Correia, afirmou que a universidade já possui um levantamento prévio de pesquisadores que poderão contribuir com o caso. “Estamos formando um grupo de trabalho, do qual o nosso pró-reitor Alejandro Frery estará à frente. A Ufal se disponibiliza para colaborar com todo o processo de enfrentamento dessa questão, já que temos especialistas no assunto e é papel da Universidade intervir em situações dessa magnitude, sempre em prol da sociedade alagoana”, finalizou a reitora.

Também estiveram presentes na reunião o promotor de justiça Adriano Jorge Correia, o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Alejandro Frery, e as docentes pesquisadoras Regla Toujaguez e Juciela Cristina.