“Como já dissemos, o futuro ministro cogita cortar recursos do Sistema S por não saber a importância de nossas instituições para o país”, reafirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, na manhã desta quinta-feira, 20, ao iniciar a reunião mensal da entidade, a última do ano.

Para ele, falta às autoridades econômicas, que assumirão a gestão nacional a partir do dia 1º de janeiro próximo, a noção do prejuízo que um corte de recursos representa para as entidades que há décadas utilizam, de modo eficiente e transparente, os recursos destinados pelas empresas privadas para formação e qualificação da mão de obra.

Segundo Lyra, a redução do orçamento é inadmissível, diante do universo de brasileiros beneficiados pelas entidades da Indústria. Usando dados nacionais, o empresário lembrou que, desde sua criação, em 1942, o Senai já qualificou mais de 73 milhões de brasileiros. São profissionais bem preparados para trabalhar na indústria, que encontraram aperfeiçoamento ou requalificação em 28 áreas de conhecimento.

Vale ressaltar ainda que, em todo o Brasil, o Sesi recebe, por ano, mais de 1,7 milhão de matrículas em educação básica e continuada e ações educativas, oferecendo qualificação de qualidade e cidadania para os brasileiros.
Sobre os números do Sesi e Senai em Alagoas, José Carlos Lyra destacou os números dos últimos 5 anos, quando foram efetivadas 150.720 matrículas em educação básica, EJA e educação corporativa, e 162.811 matrículas em Educação profissional. 

“São números como esses, de Alagoas e do Brasil, que informaremos ao futuro ministro, para mostrar o valor e a importância das entidades do Sistema Indústria”, reagiu o presidente da Fiea, refutando informações sobre o fechamento de unidades Sesi/Senai no Estado.

Ele revela que, como representante da Indústria alagoana, encaminhará ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, e ao futuro ministro da Economia todas as informações sobre os serviços desenvolvidos pelo Sesi e pelo Senai ao longo de várias décadas, em favor de milhares de alagoanos. Além das escolas, que garantem educação de qualidade e formação profissional, serão destaques as unidades instaladas no sistema prisional da capital, garantindo benefícios aos programas de ressocialização desenvolvidos pelo governo do Estado.


“Não aceitaremos cortes, pois isso significa prejudicar jovens e trabalhadores de todo o Brasil”, acrescentou José Carlos Lyra. 

Em Alagoas, estudantes e seus pais têm enviado ao Sistema mensagens de preocupação com as declarações do futuro ministro, mas também de confiança na qualidade dos serviços ofertados nas escolas Sesi/Senai