O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sinturb) realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (17) para mostrar os motivos que levaram o Sinturb a protocolar o pedido de reajuste de tarifa dos ônibus de Maceió. Representando o sindicato, o advogado Fernando Paiva afirmou que o setor de transporte coletivo sofre uma crise e que o aumento do transporte clandestino é o responsável pela evasão dos passageiros.
Conforme detalhou Fernando, em 2017 a média de passageiros foi de 5.737,453, já em 2018 houve uma redução de 3,8% em relação a este ano, o que representa uma média de 221 mil passageiros a menos.

Levantamentos do sindicato também mostram que o transporte clandestino transporta anualmente na capital uma média de 1 milhão de passageiros.
“Sabemos que em Maceió há mini-rodoviárias em todos os bairros. Queremos que os órgãos municipais vedem o transporte clandestino como vans, que vedem a licença do taxista que fizer lotação e do mototaxista”, afirmou Paiva.
Caso seja aprovado o reajuste, a passagem de ônibus vai custar R$ 4,15 a partir do dia 10 de janeiro. Questionado pela reportagem sobre as melhorias do transporte, Paiva disse que quando se inicia uma nova tarifa é preciso de seis meses “para investir e recuperar” os veículos. “De 2015 pra cá toda a frota foi obrigada a ser renovada”.
O representante do sindicato também ressaltou que o setor vive uma crise e que precisou parcelar o 13º dos trabalhadores esse ano. Sobre a qualidade dos ônibus, Paiva comentou que “ou a empresa paga os trabalhadores ou compra inseticidas”.
“A situação é crítica não por falta de regulamentação, mas por falta de fiscalização e por falta de fechar a cidade para o transporte clandestino. Com isso, a gente começa a recuperar os passageiros, tem um equilíbrio financeiro, voltamos para o patamar da licitação. Aí temos uma tarifa menor e avançamos o serviço, mas isso decorre da decisão da prefeitura e da SMTT”, finalizou o advogado.
Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), juntamente com a Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados (ARSER), interventora do Contrato de Concessão do Transporte Público de Maceió, disse que realizará uma reunião com o Conselho Municipal de Transportes Coletivos para apresentar a contraproposta do valor tarifário para o ano de 2019, baseado num estudo realizado através da fórmula paramétrica estabelecida no edital de licitação nº 01/15. Após este procedimento, o estudo será encaminhado também ao Ministério Público Estadual (MPE) para apreciação.
*Estagiária sob a supervisão da editoria









