O senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL) disse – recentemente – que o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro (PSL) fez declarações “ferozes e desrespeitosas” com Cuba. Que Collor adora estreitar laços com ditaduras não é novidade, haja vista sua visita com elogios à Coréia do Norte, um dos regimes mais fechados do planeta.

 

Parece até que Collor desconhece a forma como Cuba trata seus cidadãos e muitos desses são verdadeiras vítimas do regime comunista implantado por Fidel Castro, mantendo-se no poder até a morte. Um exemplo de democracia, não é mesmo Fernando Collor de Mello?

 

Falta ao senador dizer se acha justo que um médico cubano fique apenas com a menor parte do seu salário, enviando o restante para o governo: o correspondente a 70%. O presidente eleito deu declarações que não são contra o programa, mas sim que buscam o respeito ao médico cubano, garantindo a ele salário, a permanência no país (por meio do asilo), dentre outros pontos.

 

Que temos problemas na Saúde? Temos. São históricos. Que médicos fazem falta independente de sua nacionalidade? Sim. Que precisamos de programas para levar a Saúde aos mais pobres? O quanto antes, é óbvio. E o futuro governo tem sim que ter essa preocupação.

 

Mas, Cuba é que desrespeita os seus cidadãos, rompendo unilateralmente o contranto e mandando todos voltarem diante da perda de receita. E isto, sem contar que a forma com que os profissionais cubanos passam a participar do programa foi decidida, numa posição do país do falecido ditador Fidel Castro, que fere completamente a nossa Constituição Federal e, consequentemente, a nossa soberania.

 

Sem contar que a narrativa petista – diante das inscrições que estão ocorrendo para as vagas abertas – vai caindo por terra. Vale citar ainda que, após o rompimento de Cuba, nos chegam informações de que a parceria não nasceu por iniciativa do Brasil, mas sim de Cuba, que fez com que o nosso país se submetesse a isso por conta do viéis ideológico.

 

Fernando Collor de Mello não leva em conta nenhuma dessas informações, mesmo ocupando a posição de presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal. Na posição que ocupa, Collor deveria ter em sua agenda estudos sobre globalismo, o que foi e é o Foro de São Paulo, ter estado atento ao dinheiro brasileiro que escorreu pelo ralo para subsidiar republiquetas afinadas ideologicamente com o PT, nas quais a verdadeira liberdade e os Direitos Humanos não são preocupações, haja vista como se trata o povo e os opositores.

 

São países – como o caso da Venezuela – que violam o básico das liberdades de seus cidadãos. Mas para Collor, desrespeitoso e feroz é garantir a um profissional estrangeiro seus vencimentos integrais diante do trabalho ofertado, é dar a ele condições de asilo e cobrar o Revalida, que deve ser feito por todos. Collor está mais para um parlapatão.

 

O senador alagoano, não por acaso, fez base de sustentação do PT, ainda que tenha votado pelo impeachment, durante anos. Aliou-se ao condenado ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Dilma Rousseff (PT) durante muito tempo, sem o menor constrangimento, quando lembramos o passado de Collor e dos petistas. Não é por outro motivo que teve a influência que teve nos governos passados e se encontra encrencado como se encontra quando o assunto é Lava Jato.

 

Quando quis ser candidato a presidente, mas o partido não lhe deu a legenda, o camaleônico Fernando Collor de Mello ainda assumiu um discurso de liberal não extremista. Naquele momento, mais parecia uma piada.

 

Collor ainda critica o futuro chefe do Itamraty, Ernesto Araújo, falando em busca do consenso com outros países. E quem disse que Araújo não trabalhará isso? Ele apenas, senhor Collor, colocará os interesses do país na cabeça dessas negociações, buscando acordos bilaterais que nos tragam vantagens e não cedendo ao globalismo, que é diferente de globalização. Há uma diferença abismal entre os conceitos.

 

Mas, ainda bem que nosso futuro independe de Collor, que ao falar em “coadunar interesses” buscou esntreitar laços com a “democrática” Coréia do Norte, que na visão do senador – já que ele rejeita racialismos, como diz – não deve ser nada radical. O senador saiu encantado da Coréia do Norte por não ter indigentes por lá. É só pesquisar no Google.

 

Na visita à Coréia do Norte, Collor se vestiu até de Mao Tse Tung. É só procurar uma das fotos. Um terno “lindo” que simboliza toda a liberdade que tivemos no comunismo, não é Collor? Por lá, senador ainda criticou os EUA e a presidência de Doland Trump. Disse ainda que o governo coreano é sensível em relação à questão nuclear.

 

Quando leio as declarações de Collor, penso: “Graças a Deus que nosso futuro não depende dele”. Resta saber se o católico Collor também criticará o governo Bolsonaro por tanta gente indicada pelo futuro presidete falar em Deus. Afinal, está na moda. Mas isto Collor não fará. Frei Damião não deixa.

 

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