De acordo com informações do JC Online, os governadores do Nordeste "esvaziaram" uma reunião marcada com o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro (PSL). Ainda segudo a reportagem, 19 governadores eleitos se fizeram presentes no encontro em que Bolsonaro foi convidado nesta quarta-feira, dia 14. 

Entre os faltosos, o governador de Pernambico, Paulo Câmara (PSB) que está em período de férias na Europa. Wellington Dias - que governa o Piauí e é do PT - representa a região no encontro, encaminhando o que considera prioridades para o Nordeste. Na pauta, geração de emprego e segurança pública. 

Os nordestinos também buscam renegociação das dívidas diante da situação fiscal das unidades federativas da região. O objetivo é conseguir equilibrar as contas públicas. Seria - desta forma - um momento importante para que todos se fizessem presente, independente das questões partidárias ou políticas. É sabido que o Nordeste foi a única região do país em que Bolsonaro não alcançou a maioria dos votos.

Os governadores nordestinos ainda matêm a postura de oposição a um governo que sequer iniciou. Que os palanques sejam desarmados para que não haja a "oposição pela oposição", mas sim a necessária oposição crítica que todo presidente tem que ter, pois faz parte da democracia. Porém, isto sem prejudicar bons projetos para o desenvolvimento de um região que tem necessidades particulares. 

Em promessa de campanha, Bolsonaro já destacou que pretende ter um olhar diferenciado para o Nordeste. Que isto se concretize e vá para além das palavras. A hora seria dos governadores nordestinos, incluindo Renan Filho (MDB), se apegar a estas promessas e construir uma boa relação com o Executivo federal sem perder a essência de opositor. 

Afinal, até aqui, ninguém cobra que os governadores mudem seus posicionamentos políticos, mas entendam que o cargo que ocupam vai além disso. São governadores de todos e não somente dos opositores. Assim como Bolsonaro tem que ser o presidente de todos e não apenas de quem votou nele. 

O evento de agora for organizado pelos futuros governadores do Distrito Federa, Ibaneis Rocha (MDB) e de São Paulo, João Dória (PSDB). Segundo o JC Online, conformaram  participação os governadores eleitos do Acre, Gladson Cameli (PP); Amapá, Waldez Góes (PDT); Amazonas, Wilson Lima (PSC); de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); do Pará, Helder Barbalho (MDB); Paraná, Ratinho Júnior (PSD); Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC); Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de Roraima, Antonio Denarium (PSL); Santa Catarina, Coronel Carlos Moisés da Silva (PSL); do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), e do Piauí, Wellington Dias.

Sobre a reunião e a relação com os Estados, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Democratas) destacou o seguinte: “O Brasil precisa desamarrar sua economia para voltar a crescer, aí se geram recursos novos através de impostos, e isso vai atender tanto o governo federal quanto os Estados". 
 

Estou no twitter: @lulavilar