Um levantamento elaborado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) mostrou que as rodovias federais que cortam Alagoas estão inseridas na rota do contrabando.  De acordo com os dados, nos últimos três anos, a participação do mercado ilegal de cigarros no estado de Alagoas aumentou 35 p.p. (pontos percentuais).

Durante o mesmo período, o volume apresentou um crescimento de 222% (passando de 138 milhões para 443 milhões de unidades de cigarros) e o rombo na arrecadação subiu 88% - saindo de R$ 41 milhões e chegando aos R$ 78 milhões na arrecadação em 2017.

Alagoas está na rota do contrabando, que chega pelas rodovias federais. Rodovias que estão sempre chamando a atenção – a BR-101 e a BR-316.

Dentre os produtos contrabandeados, os que mais chegam a Alagoas são cigarros e bebidas.

Campanha

O instituto está realizando uma  campanha na região Norte do país para conscientizar donos de mercados, padarias e bares sobre as consequências de vender cigarros com valor diferente do preço tabelado. Cerca de 3800 mil comerciantes serão impactados com o alerta sobre as punições para este crime, como multa de até R$ 5 mil por mês de descumprimento da Lei e prisão de até 5 anos.

 A campanha reforça outra grave consequência da mudança dos valores do produto: o favorecimento do mercado ilegal, pois os consumidores passam a buscar opções mais baratas, abaixo do preço mínimo, provenientes do contrabando. Somente no ano passado, R$ 146 bilhões deixaram de ser arrecadados pelos cofres públicos do nosso país, em setores como tabaco, vestuário e combustível.