De principal articulador da oposição a um coadjuvante de resultados pífios: eis o PSDB de Alagoas. O partido do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), saiu nanico desse processo eleitoral e perde espaços para futuras disputas eleitorais no Estado. O ninho tucano vira frangalhos e nada mais.
E o que é pior: a eleição do deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) ao Senado Federal aconteceu apesar do partido e não por conta da sigla. Cunha se transformou em uma “onda” pela renovação que varreu o Estado e fez com que ele alcançasse a primeira posição da corrida eleitoral.
Ele tomou a decisão correta de se afastar dos caciques políticos aliados a sua sigla no momento em que o tucanato só batia cabeça. Soube dar leveza a algumas de suas alianças que poderiam sim ser questionadas, como com o deputado estadual (deputado federal eleito), Severino Pessoa e com a família Caldas, que são peças tradicionais da política contra a qual Rodrigo Cunha quer reagir. Mérito de Rodrigo Cunha. Jamais do PSDB.
No parlamento estadual, o PSDB contará – na próxima legislatura – com os futuros deputados estaduais Cibele Moura e Dudu Ronalsa. A primeira será a mais jovem parlamentar da Casa. Fez uma campanha, do ponto de vista da comunicação, genérica, sem firmar qualquer tipo de identidade e não dependeu do partido, mas sim de um articulador político de bastidores: o pai Abraão Moura. Este já chegou a ser conselheiro fiel de Rui Palmeira (PSDB).
Há quem diga que Abrão Moura foi um segundo vice-prefeito. Moura, o pai, também soube transitar pelos corredores do Palácio República dos Palmares quando preciso. Enfim, a eleição de Cibele Moura em nada tem a ver com o tucanato.
O vereador Dudu Ronalsa já tinha o seu reduto.
No mais, a eleição de Tereza Nelma (PSDB) é a única – dentre os nomes postos – mais ligada ao presidente do ninho tucano e prefeito Rui Palmeira. Em compensação, o atual deputado federal Pedro Vilela foi derrotado pelas urnas, mesmo tendo sido um parlamentar bem avaliado. E Vilela contava com o apoio do ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Não bastassem os resultados da própria sigla, lá atrás, o PSDB – em especial Rui Palmeira – foi o responsável por desarticular a oposição, e aí veio um efeito cascata que trouxe a candidatura do senador Fernando Collor de Mello (PTC) ao governo.
Com esta candidatura, todas as confusões vistas durante a eleição e a desistência de Collor. O ex-superintendente da Polícia Federal, José Pinto de Luna (PROS), assumiu a missão, mas já era tarde. Tudo isso também impactou no palanque do senador Benedito de Lira (PP), que entrou em desespero na reta final e partiu para o tudo ou nada.
Um dos erros de Lira: ter feito um peça publicitária em que forçava uma aliança com Rodrigo Cunha, quando todo eleitor sabia que esta união não existia. Perdeu ainda mais credibilidade.
O PSDB, que já governou Alagoas, que já teve posição de destaque na oposição; que obteve bons resultados nas eleições de 2016, impondo derrotas ao MDB, vira uma sigla nanica, com resultados pífios. Seu melhor quadro se torna Rodrigo Cunha, que como tem vida própria e pode até sair do partido.
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