O ex-deputado estadual Judson Cabral (PDT) busca seu retorno à Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Ex-petista, Cabral deixou o partido e ingressou na legenda comandada pelo deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) em Alagoas.
Com isso passa a fazer parte do bloco liderado pelo governador Renan Filho (MDB), que tem como candidatos ao Senado Federal o atual senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal Maurício Quintella (PR).
Mas, em um de seus recentes vídeos, Judson Cabral se compara – por meio de um apresentador – ao deputado estadual e candidato ao Senado Federal pela chapa adversária: Rodrigo Cunha (PSDB). É um dos fatos inusitados desse processo eleitoral.
Cabral – em que pese o histórico no PT – teve um mandato bastante produtivo na Assembleia Legislativa. É de se reconhecer. Foi um parlamentar que teve um olhar técnico em relação ao orçamento estadual e não se envolveu em escândalos de corrupção.
No vídeo de sua campanha, a peça publicitária diz que a saída de Rodrigo Cunha do parlamento estadual faz com que a Assembleia Legislativa perca a “reserva moral”. “Você já parou para pensar que o que está ruim pode ficar pior. Rodrigo Cunha vai deixar a Assembleia. Então, que reserva moral nós vamos ter lá para nos representar?”, coloca o apresentador no vídeo de Cabral para em seguida pedir voto ao pedetista.
Pelo vídeo, se deduz que, na visão de Judson Cabral, Rodrigo Cunha é a única reserva moral da Casa de Tavares Bastos. E olhe que o PDT tem parlamentar por lá: Inácio Loiola.
“Sem querer querendo”, Judson Cabral acaba por fazer também campanha para o senador adversário de sua chapa. Todavia, Rodrigo Cunha é adversário da própria chapa, já que se afasta dessa por não querer ligar sua imagem a Benedito de Lira e/ou a Fernando Collor de Mello.
Em quem Cabral vota para o Senado? Fica a pergunta...
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