O processo do médico suspeito de abusar de uma paciente em um hospital particular de Maceió, em outubro de 2017, ainda não foi julgado pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal). Na época, o caso ganhou repercussão nas redes sociais e o Conselho afirmou que abriria uma sindiância para apurar as denúncias.
Em contato com o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, a reportagem foi informada que como o médico foi suspenso da Unimed, o Cremal “perdeu a necessidade de urgência”. “Mas isso atrapalha muito o andamento da questão processual, já que abre brechas para que nosso processo seja anulado na justiça em função de alguma falha no trâmite”, disse Fernando.
Além disto, o presidente enfatizou que o processo segue em apuração e em sigilo. “Nós recebemos cerca de 80 denúncias por ano e fica difícil acompanhar todas elas, mas não deixaremos essa demanda de lado e vamos cobrar celeridade”.
O Cada Minuto entrou em contato com a Unimed que por meio da assessoria de comunicação informou que o médico continua afastado das atividades.
O caso
O abuso foi denunciado por internautas nas redes sociais. A denunciante utilizou um nome fictício para o médico a quem chamou de João.
De acordo com a vítima, ela procurou um hospital porque estava com ardor ao urinar, entretanto, ao chegar na unidade de saúde foi atendida por um médico que disse que iria fazer um exame no local. A vítima contou que questionou o exame, mas o médico insistiu.
"Joana achou estranha a solicitação, o fato de não haver maca apropriada, nem bata, nem luvas ou equipamentos na sala", diz um trecho da publicação.
Além disto, na publicação que a amiga da vítima fez, fica claro que (Joana – nome fictício) teria deitado quando o médico tirou uma leva de dentro da bolsa e sem nenhuma delicadeza, enfiou o dedo na vagina da vítima. “Enfiou e tirou o seu dedo umas quatro vezes e disse que se ela ficasse excitada era normal, se ela gozasse era normal. Você chegou lá?, perguntou João masturbando Joana e apertando o seu abdômen contra a maca".
A vítima procurou a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO).









