Os moradores dos Conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre, ambos localizados na Cidade Universitária, realizam na manhã desta segunda-feira (16) uma manifestação contra a mudança promovida pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) no itinerário dos ônibus que atendem as comunidades.

A mudança começou no sábado e os moradores alegam que não foram consultados. De acordo com eles, as duas comunidades tem uma demanda grande de passageiros e com a fusão das linhas os ônibus irão rodar ainda mais superlotados.

Todos os dias os moradores dos dois conjuntos já enfrentam ônibus superlotados, principalmente nos horários de pico. “Nós queremos que as linhas voltem a circular como era antes sem nenhuma alteração, pois não tem condições o mesmo ônibus atender o Graciliano, Village e os outros conjuntos”, colocou uma moradora.

De acordo com a SMTT, as linhas 053 (Graciliano Ramos/Centro), 110 (Graciliano Ramos ou Village II/Trapiche ) e 707 (Graciliano Ramos ou Village II/Ponta Verde) passam a realizar o mesmo itinerário. A viagem dos ônibus Trapiche e Ponta Verde serão feitas do mesmo jeito que aos domingos, quando há junção das linhas.

A SMTT colocou que o objetivo da mudança é melhorar o atendimento aos usuários de ônibus dos conjuntos habitacionais e que a população foi consultada.  No entanto, os representantes  da Associação de Moradores das duas comunidades afirmam que não fecharam nenhum tipo de acordo como efetivar a mudança. 

Com a manifestação, nenhum ônibus saiu dos terminais localizados nos Conjunto. “Nós somente iremos liberar quando alguém da SMTT vier conversar conosco”, disseram os manifestantes.

Confira a nota na íntegra:

A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) explica que as mudanças no itinerário dos ônibus que atendem os conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre vão aumentar o número de viagens dos coletivos, diminuindo a espera da população nos pontos de ônibus. As alterações foram feitas de acordo com o previsto no edital da licitação do transporte coletivo ocorrida em 2015. 

A SMTT informa ainda que as mudanças foram apresentadas às comunidades, por meio dos líderes comunitários e associações. De acordo com a superintendência, são previstos, pelo menos, 20 dias de testes do novo itinerário para que sejam feitas adequações, caso haja necessidade.