A operação para retirar quatro meninos e o técnico de futebol que permanecem presos em uma caverna no norte da Tailândia foi reiniciada e poderá ser concluída ainda nesta terça-feira (10). Outros oito integrantes do grupo foram resgatados nos últimos dois dias e, de acordo com representantes do governo, estão em "bom estado de saúde físico e mental", mas ficarão em observação no hospital por pelo menos sete dias.

Os 12 meninos e o treinador entraram na caverna no dia 23 de junho, depois de um treino, e acabaram surpreendidos por fortes chuvas que inundaram a caverna e bloquearam a saída do local. Eles foram encontrados por mergulhadores na semana passada, após nove dias. Estavam famintos, mas sem ferimentos graves.

Os que continuam presos recebem agora cuidados e orientações de um médico e de mergulhadores da força de operações especiais da Marinha. A última etapa do esforço para resgatá-los começou logo após as 10h no horário local (meia noite, no horário de Brasília), com 19 mergulhadores entrando na caverna.

Já os oito resgatados entre domingo e segunda-feira foram submetidos a exames de raio-x e de sangue. Dois estão sendo tratados contra uma inflamação pulmonar.

Readaptação

Autoridades sanitárias explicaram que nessa fase de readaptação fora da caverna, inicialmente eles receberam comidas instantâneas e géis energéticos, mas agora estão comendo alimentos fáceis de digerir. Alguns dos meninos também já viram seus pais - mas apenas através de um vidro para reduzir chances de eventual contaminação.

Resultados de exames complementares são esperados dentro de alguns dias e se todos os sinais de infecção tiverem desaparecido, a expectativa é que as famílias possam visitá-los. No entanto, terão de vestir roupas de proteção e de ficar a até 2 metros de distância.

Os meninos também têm de usar óculos escuros depois de terem ficado na escuridão da caverna por mais de duas semanas.

O bem-sucedido resgate de oito deles renovou as esperanças de que todo o grupo possa, enfim, sair são e salvo de lá e em um tempo mais curto que o inicialmente previsto.

Autoridades locais e especialistas cogitavam, inicialmente, mantê-los dentro da caverna até o fim do período de monções na região - a estação mais chuvosa, o que poderia levar o resgate a demorar pelo menos quatro meses.