Por meio da assessoria de imprensa, o pré-candidato do PSOL,  Basile Christipoulos, soltou críticas à gestão do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECOEP). 

Basile ataca o gasto de mais de R$ 90 milhões no primeiro semestre de 2018. O PSOL comparou com os gastos de anos anteriores como 2015, 2016 e 2017, quando a média era de R$ 21 milhões. 

O PSOL passou a questionar os gastos do governador Renan Filho, portanto. 

A questão envolvendo os gastos do Fecoep não é novidade. Mesmo tendo divergências enormes com o PSOL (que é uma legenda de esquerda), aqui eles tocam em um ponto que de fato merece ser questionado. Como já entrei nessa questão antes, entro nela novamente a partir da lembrança feita por esta agremiação em relação ao fato…

Não apenas pelo volume do recurso, mas também por, como já apontou o deputado estadual Bruno Toledo (PROS), conta da função que o Fundo deveria ter. Afinal, Toledo já havia chamado atenção para o uso de recursos para construção de obras físicas, como os hospitais. 

Ao fazer críticas ao uso dos recursos, o parlamentar acabou sendo excluído do Fecoep, pois era ele o parlamentar que representava a Assembleia Legislativa nas decisões a serem tomadas. Em seu lugar, ficou o deputado estadual Galba Novaes (MDB). 

Uma pena que, lá atrás, mais vozes não estiveram juntas para fazer esse questionamento, independente de cores ideológicas, pois aqui temos Basile que é de esquerda com uma crítica que já foi feita por um parlamentar que é de direita: Bruno Toledo. 

Essa era uma questão para o parlamento estadual. Mas não houve ressonância por lá. Toledo foi quase voz única.

Todavia, Basile recoloca em pauta uma crítica que não pode ser desprezada. Muitos de meus leitores podem indagar o fato de eu destacar a voz a uma sigla que é o completo antagonismo do que penso (quem acompanha meu blog sabe disso). Porém, quando algo é relevante e importante, pouco importa isso. 

É que para mim, repito!, não importa muito - neste caso! - o viés ideológico, mas sim o ponto principal do que é dito. Tal assunto para este blog não é eleitoreiro, mas de urgente e necessária transparência não apenas com o recurso, mas com a finalidade do Fundo, que foi criado em 2004.

Sem contar que, no pacote de aumento de impostos, o Fecoep passou a arrecadar mais. Os empresários alagoanos sabe bem disso. É que a origem dos recursos são da alíquota do ICMS, que foi elevada pelo governador e acabou contribuindo ainda mais para o aumento dos combustíveis em Alagoas. 

O que se questiona aqui não é a existência do FECOEP, mas sim a utilização deste. Foi isso que se fez presente, no ano passado (2017), nos questionamentos feitos por Bruno Toledo e que agora estão na fala de Basile. Que a questão não seja apenas tratada em períodos de eleição, mas que tenha um acompanhamento muito mais constante…

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