Dados divulgados nesta quinta-feira, dia 07, pelo Ministério da Saúde revelaram que conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), que investiga o controle do vetor e de doenças como dengue, zika e chikungunya a cidade de Maceió e outras 49 cidades alagoanas se encontram em situação de alerta e outros 12 municípios apresentam situação de risco.
Conforme o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação. Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
Entre as cidades alagoanas que participaram do levantamento, Maceió teve um índice de infestação de 1,7, enquadrando-se no estado de alerta que vai de 1,0 a 3,9. Já entre 12 os municípios com alerta de risco podemos elencar Satuba com 4,4; Ouro Branco com 5,4; Arapiraca com 5,5; Major Isidoro com 5,8 e Jaramataia com 15,8; maior índice do estado.
Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%. No total, 21 capitais realizaram o Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa), duas capitais fizeram por armadilha e 4 não enviaram informações. Apenas três capitais estão com índice satisfatório: São Paulo (SP), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE). Duas capitais estão em risco: Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC). Dezesseis capitais estão em alerta: Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Palmas (TO), Maceió (AL), Salvador (BA), Teresina (PI), Recife (PE), Brasília (DF), Vitória (ES), São Luis (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM) e Goiânia (GO).
As capitais Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS) não enviaram informações. Os municípios de Natal (RN) e Porto Alegre (RS) realizaram levantamento por armadilha. Os dados foram coletados no período de janeiro a 15 de março.
CRIADOUROS
A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.
O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril, foi o principal tipo de criadouro na região nordeste. Nas regiões norte, sul e centro oeste, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na região Sudeste predominaram os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis.
CASOS DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA
Em 2018, até 21 de abril, foram notificados 101.863 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 20% em relação ao mesmo período de 2017 (128.730). Também houve queda expressiva no número de óbitos. A redução foi de 44%, passando de 72 em 2017 para 40 em 2018.
Em relação à chikungunya, foram registrados 29.675 casos prováveis de febre chikungunya. A redução é de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 86.568 casos. Em 2018, houve 4 óbitos confirmados laboratorialmente. Em 2017, no mesmo período, foram 83 mortes.
Também foram registrados 2.985 casos prováveis de Zika em todo país, uma redução de 70% em relação ao mesmo período de 2017 (10.286). Neste ano, foi registrado um óbito pela doença.
*Com Ascom MS