No dia em que comemora 28 anos de sua fundação, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) lembrou e cobrou a elucidação das mortes dos agentes de polícia Amélia Dantas, vítima explosão da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em 20 de dezembro de 2012, e o caso do escrivão de polícia José Oliveira, que foi brutalmente assassinado em 20 de setembro de 2013.

Ricardo Nazário, presidente do sindicato, colocou que ambos os casos continuam sem elucidação e reflete diretamente a ausência de compromisso do Estado apontar os responsáveis.

 “Falta o compromisso do Estado em solucionar os casos, principalmente no caso da Amélia que ficou provado o armazenamento irregular dos explosivos. Até hoje ninguém foi responsabilizados”, disse ele.

Além de cobrar a solução dos crimes, o sindicato ainda levantou os dados denunciando o baixo efetivo da categoria dos policiais civis. Atualmente, o déficit da Polícia Civil está em 2.769 policiais civis e poderá ficar em 3.431 neste ano, conforme previsão de aposentadoria de 662 policiais. O atual efetivo é de 1.767 servidores e poderá ficar em 1.105, que era em torno da quantidade de policiais civis em 1998, quando não havia as facções criminosas, e o número de homicídio foi de 558 pessoas.

A distribuição do efetivo de policiais civis em Alagoas é determinada pela Lei Estadual 5.496/1993, que é descumprida pelo Governo do Estado. O Sindpol frisa que, no ano de 2017, foram assassinadas 1.918 pessoas, ou seja, em torno de 350% a mais do número de homicídios de 20 anos atrás. “Com a polícia desestruturada e sem efetivo, a criminalidade se fortalece. É preciso, urgentemente, de concurso público para a Polícia Civil”, avisa o Sindpol.

*Estagiária