Em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (7), o presidente Michel Temer afirmou que não teme ser preso quando deixar o cargo. Alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), ele acrescentou que seria uma “indignidade”.
“Não temo, não [ser preso]. Não temo. Seria uma indignidade e lamento estarmos falando sobre isso. Eu prezo muito a instituição Ministério Público que, aliás, teve em mim um dos principais suportes”, declarou.
Um dos inquéritos investiga Temer por suposto recebimento de propina na edição do decreto dos portos para, em troca, beneficiar uma empresa. O presidente nega as acusações.
Nesta segunda, a pedido da Polícia Federal, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, prorrogou as investigações por mais 60 dias.
Um segundo inquérito investiga os indícios de pagamento de propina pela Odebrecht na Secretaria de Aviação Civil, comandada pelo partido MDB entre os anos de 2013 e 2015.
Na semana passada, o STF limitou o foro de deputados e senadores a casos relacionados ao exercício do mandato e em função do cargo. O Supremo não analisou a abrangência do foro no caso de presidente da República, por exemplo. Temer alegou que o assunto não o “preocupa”
“É uma discussão que não me preocupa e, interessante, não deveria preocupar ninguém. […] Eu acho que para quem comete o delito, talvez o primeiro grau seja mais importante em face do número infindável de recursos que você pode apresentar”, declarou o presidente.









