O senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL) vai à Coreia do Norte, mas especificamente para a cidade de Puongyang, como convidado oficial da Assembleia Suprema daquele país. De acordo como senador alagoano, uma missão de estreitar a cooperação e o intercâmbio entra Comissão Exteriores e Defesa Nacional, que é presidida por Fernando Collor de Mello.

Quais os resultados disso? É esperar o retorno do senador. Torço sempre por bons frutos e que o Brasil esteja sempre do lado correto: o da liberdade.

Todavia, é interessante o quanto políticos brasileiros – e olhe que Collor se diz um liberal e, em sua presidência, mostrou a importância de abertura econômica, de certa forma – possuem dificuldades de dar o nome aos bois quando se trata de regimes ditatoriais. Parcela da mídia também acaba classificando – como fazia com Fidel Castro – esses ditadores de líderes ou até mesmo presidentes.

Coloca-se, com isso, por meio de tais vocábulos, países que não respeitam liberdades individuais, não possuem qualquer tipo de abertura, em pé de igualdade com as democracias ocidentais que, em que pese haver problemas, há – em diferenças de graus – liberdades.

A missão de Collor é importante. Visa, como colocar em sua postagem nas redes sociais, a construção de um tratado de paz que será discutido em uma zona desmilitarizada, no Paralelo 38.

Mas é preciso dizer que a Coreia do Norte tem ditador. Se hoje, a “fúria” daquela ditadura – que antes ameaçava o mundo com falas sobre mísseis e armas nucleares – foi contida, há mérito do governo dos EUA, na gestão de Donald Trump, em relação ao assunto. Num dito popular claro: o boi sabe onde arromba a cerca.

Então, a tal Assembleia Suprema daquele país nada tem de democrática. Em nada se compara a um parlamento real, que é uma das bases da democracia por garantir a pluralidade de pensamento. Quando Collor compara os presidentes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul como “líderes”, esquece de dizer o fundamental: na do Sul há riqueza proveniente da liberdade econômica. Na do Norte, o povo é feito de escravo há gerações em função de uma dinastia mantida de forma autoritária. Logo, não há uma liderança legítima que de fato represente a população. É uma Coreia fora da realidade. Um regime fechado que em nada se compara às democracias ocidentais, ainda que muitas destas enfrentem problemas, como é o caso do Brasil.

Portanto, Collor se reúne com uma pseudo “assembléia”, com um líder e um ditador. O problema não é iniciar a distensão e abrir portas para um encontro com Donald Trump. A solução é mostrar que a Coreia do Norte não pode ameaçar o mundo ocidental.  Simples assim.

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