A Polícia Federal (PF) comunicou que não irá executar a ordem de prisão contra o ex-presidente Lula nesta sexta-feira, 6. Os advogados do petista negociam para que ele seja preso amanhã, sábado (7), após uma missa em homenagem a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que faria 68 anos, ou que a o mandado seja cumprido na próxima semana. As negociações ainda estão em andamento.

A celebração da missa será na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, às 9h30. Segundo o plano de negociação, Lula faria um pronunciamento durante a homilia e seria preso após a missa. No entanto, os advogados ainda tentar adiar a prisão para a próxima semana. 

Advogados do petista e um dirigente do partido foram à sede da PF, na noite desta sexta, para negociar as condições da prisão. Durante a tarde, a defesa de Lula chegou a informar a decisão de que iriam esperar que os policiais fossem buscá-lo no sindicato.

Um habeas corpus foi pedido e negado pelo ministro Felix Fisher, Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa então enviou entrou com um novo recurso junto ao Superior Tribunal Federal (STF), cujo relator é o ministro Edson Fachin, para tentar evitar a prisão.

Até o momento, o ex-presidente não fez nenhum pronunciamento oficial e está,  desde a noite de ontem, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Lideranças do partido e seus advogados também  permanecem no local.

O mandado de prisão contra Lula foi expedido pelo juiz Sérgio Moro na tarde de quinta-feira (5), após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) enviar ofício autorizando o início da execução da pena.

Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).