Uma matéria do jornalista Davi Soares, publicada no Diário do Poder, rendeu um mal-estar público envolvendo o deputado federal Paulão, a executiva do PT em Alagoas e o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça.
A troca de acusações começou depois que o parlamentar, que preside a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), acusou – em entrevista ao jornalista - o Ministério Público Estadual (MP-AL) e a Secretaria Estadual de Segurança Pública de omissão acerca das mortes de moradores de ruas em Alagoas.
Em reposta, o MP detalhou as ações realizadas pelo órgão ministerial, a exemplo da criação da Comissão de Acompanhamento de Moradores em Situação de Rua, e citou a participação do MP na prisão de um dos suspeitos de liderar a quadrilha responsável pelos assassinatos de moradores de rua.
No texto enviado ao Diário do Poder, o MP destacou também que não permitirá que Paulão use a instituição como “palanque político” e classificou os ataques do deputado federal de “retaliação”, pelo fato de Paulão ter sido condenado na Operação Taturana, como resultado da atuação do Ministério Público.
Na tarde desta quarta-feira, 28, quem saiu em defesa do parlamentar foi o próprio Diretório do Partido dos Trabalhadores em Alagoas.
Em nota pública, a Executiva prestou solidariedade ao deputado, resumiu o histórico da atuação dele em defesa dos direitos humanos e classificou a resposta do MP de “política” e uma reação corporativa às devidas cobranças da CDHM.
O texto segue comparando a resposta do MP “a uma nota de partido político, com pré-candidatura lançada publicamente”, em referência ao procurador-geral de Justiça.
“Estamos certos que tal nota não representa o conjunto dos Procuradores do MP/AL, mas apenas um deslize de neófito no mundo da política partidária que confundiu a diferença entre a função do servidor público e os interesses de grupo privado ao qual se filia”, conclui o documento.