Após negar, no mês passado, que seria candidato a reeleição, o presidente Michel Temer afirmou em entrevista à revista “IstoÉ”, publicada nesta sexta-feira, 23, que seria uma “covardia” não disputar o pleito. O presidente também disse que precisa mostrar o que tem sido feito em seu governo e que tem orgulho de sua administração.
“Acho que seria uma covardia não ser candidato. Porque, afinal, se eu tivesse feito um governo destrutivo para o país eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um país que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu preciso mostrar o que está sendo feito”, declarou Temer à revista.
Em fevereiro deste ano, o presidente declarou em entrevista à Rádio Bandeirantes, que não seria candidato à reeleição e a nenhum outro cargo. À revista, Temer contou que a ideia de candidatar surgiu há “um mês e meio”, devido ao temor de não haver candidatos que defendessem o governo.
“Nós esperávamos no início que alguém sairia candidato do governo com essa missão de defender o governo. Ora, se ninguém vai defender o governo, dar continuidade ao que fizemos no governo, eu mesmo faço”, ponderou.
Diante da negativa de Temer, há um mês, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, se colocaram como pré-candidatos à presidência. Meirelles admitiu que poderia entrar na disputa direta contra o presidente.
Temer disse que, tanto o Meirelles quanto Rabello, têm "todo o direito", mas indicou que irá conversar com ambos para buscar um acordo.