Um ato contra a morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL, deve ser realizado nesta quinta-feira (15) na cidade de Maceió, em frente à Câmara Municipal, no bairro Jatiúca, a partir das 16h30 da tarde.

O ato atende a um chamado da Unidade Popular pelo Socialismo, que pede por justiça em nome da vereadora. Segundo a Unidade, a morte de Marielle concentriza um ataque à luta contra a opressão e a criminalização da população das favelas do Rio de Janeiro.

Nos últimos dias, a vereadora havia denunciado ações de execução por parte da Polícia Militar, em especial o 41° Batalhão de Acari. Além disso, em março assumiria a relatoria da comissão que iria investigar as ações da intervenção militar no Rio.

No domingo, a vereadora havia denunciado, conforme mostrou o DIA, uma ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na favela de Acari. Segundo ela, moradores reclamaram da truculência dos policiais durante uma abordagem na região. Ela compartilhou uma publicação em que comenta que rapazes foram jogados em um valão. De acordo com as denúncias, no último sábado, os PMs invadiram casas, fotografaram suas identidades e aterrorizaram populares no entorno.

"Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando os moradores. Nessa semana, dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje, a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior", escreveu Marielle.

Nesta quarta (14), a vereadora foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30. Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

*Estagiária