Em época de alto número de desempregados, o aumento de ambulantes comercializando os variados tipos de produtos é inevitável. As pessoas recorrem aos conhecidos bicos para complementar a renda, no entanto a atuação de um determinado grupo nas ruas do calçadão do comércio em Maceió tem chamado atenção da Secretaria de Segurança Comunitária e Convívio Social.

Depois de mais um confronto entre Guardas Municipais e ambulantes no calçadão do comércio,  a prefeitura identificou a atuação de uma milícia formada para provocar e incitar os ambulantes a entrar no confronto. De acordo com o secretário Ivon Berto, houve um crescimento considerado com problema social do desemprego, porém muitas pessoas estão se utilizando dessa fragilidade.

"O emprego informal aumentou e o ambulante entende que pode sair das cidades do interior e pode vim para o centro de Maceió vender verduras e frutas. E nos entendemos que a venda desses produtos é no mercado público. A partir daí, cria-se esse impasse e nós estamos buscando o diálogo", afirmou Berto.

A prefeitura vem tentando, por anos, fazer o reordenamento do Centro com o cadastro dos ambulantes, mas parece alcançar resultas em curto prazo, pois logo após um tempo o comércio clandestino volta. Esse comércio paralelo é duramente criticado pela Aliança Comercial, com argumentação do aumento da concorrência, já que alguns produtos são similares e também o afastamento do cliente.

Alguns ambulantes instalados na Rua Augusta, conhecida como Rua das Árvores, serão realocados neste mês março para um espaço destinado a eles, mas segundo o secretário, o problema acaba sendo mesmo a ausência de segurança nas ruas do centro.

Ainda segundo o secretário, o número de fiscal de postura é o suficiente para efetivar toda fiscalização da área comercial e por não receber apoio da segurança armada, muitas vezes seu trabalho fica nulo. “É preciso ser reforçada a segurança para que possamos efetivar o trabalho”, disse ele.