Para evitar novos protestos que provocaram o cancelamento da audiência pública que irá discutir a medidas para privatização da Eletrobras em Alagoas, a segurança nas proximidades do prédio da Escola de Magistratura Alagoana (ESMAL) foi reforçada e um praticamente um quarteirão precisou ser interditado.
No dia 27, manifestante impediram a realização da audiência pública, que é necessária para que o leilão de venda da concessionária ocorra. Apesar desse reforço, qualquer cidadão pode participar do momento de discussão. Militares do Batalhão de Trânsito (Bptran) realizam os bloqueios, principalmente na Rua Cônego Machado, onde o prédio da Esmal está localizado.
Além de diversas viaturas da Polícia Militar, equipes da Cavalaria também realizam o patrulhamento. O BNDES informou que a audiência do dia 27 foi suspensa por não apresentar nenhuma condição de segurança, além da ameaça de manifestantes de invadir o palco.
Essa seria a quinta audiência pública do BNDES sobre a privatização das distribuidoras. O banco já promoveu encontros para tratar da venda da Ceron (Rondônia), Boa Vista (Roraima), Eletroacre e Amazonas Energia.
"Se a privatização da Ceal não acontecer, a concessão vai ser liquidada", disse Paulo Pedrosa, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME). Isso porque a Eletrobras não renovou as concessões de distribuição e está prestando um serviço de gestão, utilizando recursos de fundos setoriais.
A partir de maio, a Eletrobras não vai mais receber recursos da Reserva Global de Reversão (RGR) para financiar essas concessões, o que deve agravar ainda mais o serviço prestado.