O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista à Radio Bandeirantes, nesta sexta-feira, 23, que não será candidato à reeleição. Ele também negou que a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de janeiro seja um artifício usado pelo governo visando o pleito deste ano.

“Eu não sou candidato. A minha intenção de hoje vai alongar-se pelo tempo todo. Eu não serei candidato", declarou o presidente.

Suposições sobre uma possível candidatura de Temer aumentaram após a intervenção federal no Rio de Janeiro. A decisão virou prioridade na agenda do governo e adiou a discussão sobre a reforma da Previdência, que mão tinha apoio popular e gerou protestos em todo o país.

O presidente afirmou que não há nenhuma motivação política na medida tomada para a segurança do Rio de Janeiro. “É uma jogada de mestre, mas não é eleitoral. Você sabe que não tem nada de eleitoral nessa questão", disse.

Em entrevista a revista Veja, divulgada neste sexta, o Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, declarou que apesar de Temer continuar afirmando que não quer ser candidato, o fato de a reforma da Previdência não ter sido aprovada deixa o trabalho do governo incompleto. O ministro disse ainda que vê a candidatura a reeleição do presidente como necessária.

Na terça-feira, 20, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, já havia levantado a hipótese de o presidente ser candidato à reeleição para defender as reformas implantadas por seu governo.

Durante a entrevista á rádio, Temer também afirmou que não será candidato a nenhum outro cargo com intuito de manter o foro privilegiado, dando a entender que não teme as investigações das denúncias de corrupção das quais é acusado.