A Pediatra responsável pela Unidade Neonatal do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), Elisangêla de Sousa, afirmou, durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (21), que a causa do óbito dos trigêmeos nascidos no dia 13 de fevereiro foi à prematuridade extrema dos bebês.
Segundo ela, a mãe das crianças já estava internada dentro do Hospital para um tratamento clínico, que tinha como objetivo segurar a gestação durante o maior período de tempo possível.
“A mãe e os bebês estavam sendo constantemente monitorizados, pois nesses casos a nossa maior preocupação é assegurar que a gestação seja levada durante o maior período de tempo, para que os fetos estejam bem desenvolvidos” disse.
Ainda de acordo com Elisangêla, durante o período do carnaval os bebês teriam entrado em sofrimento fetal, fato que ocasionou uma cesariana de urgência.
No entanto, a gestante estava com apenas 26 semanas no dia do parto, o que classifica o quadro como um caso de prematuridade extrema, motivo do óbito dos recém-nascidos.
“Independente das outras doenças associadas que eles já apresentavam, que era uma má formação cerebral, a prematuridade extrema por si só é um fator de extremo risco, e foi o que os levou a óbito. Eles foram assistidos e entubados, e todos os procedimentos cabíveis foram tomados” explicou Elisangêla.
Os três óbitos ocorreram dentro da UTI neonatal, em dias consecutivos, e o último dos trigêmeos morreu nesta terça-feira (20).
O caso ganhou repercussão quando a mãe, Vitória, de apenas 16 anos, começou uma campanha na internet para arrecadar doações para os bebês. Depois do nascimento prematuro das crianças, o sogro da mãe, Baltazar Teles, procurou a imprensa para denunciar a falta de leitos na Unidade de Terapia Intensivo (UTI) Neonatal do HUPAA.
*Estagiária