De acordo com a coluna Expresso da Época, a delegada federal Cynthia Fonseca Silveira enxergou pelo menos uma contradição entre delatores no inquérito que apura se houve o pagamento de propina de R$ 2 milhões ao senador Renan Calheiros (MDB/AL).
A contradição está nos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff e de Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará. A propina teria sido paga para barrar investigações no Congresso Nacional sobre irregularidades na Petrobras.
De acordo com a investigação, o valor teria sido entregue em 2013 e 2014, em Curitiba e Maceió. Carlos Alexandre afirma que entrou o dinheiro a um “homem elegante”, mas não cita nome, e que teria ouvido de Youssef que a quantia era destinada a Calheiros.
Yousseff nega que fez referência ao senador do MDB, mas confirma a presença de Ceará nas duas cidades para levar os valores a pedido da construtora OAS. Diante disso, a Polícia Federal pediu relatórios das estações de rádio-base, que fazem conexões entre celulares e companhas telefônicas, para saber o posicionamento dos celulares de Youssef e Ceará.
Léo Pinheiro - ex-presidente da OAS - deve ser ouvido no inquérito. Por esta razão, o inquérito foi prorrogado por mais 60 dias.
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