Uma pena, mas neste último ano do governo Renan Filho (MDB) está claro e transparente que o combate à violência não saiu vitorioso. O assassinato de Neguinho Boiadeiro, em Batalha, é um exemplo.
O crime pode ter sido e político e envolver membros da família Dantas. Mas tem todo o jeito de que caminha para a impunidade, independente de quem foram os autores dos disparos e o mandante.
Estivesse o governador efetivamente preocupado com o caso teria tomado a frente para cobrar celeridade e dar esclarecimentos à opinião pública. Ao contrário – certamente orientado por seus assessores, evita se aprofundar sobre esse tema quando questionado.
Assim o tempo passa, voa e, quem sabe, talvez caia no esquecimento. Alguém vai lembrar e cobrar no futuro. Mas será uma voz ou outra. São tantos outros crimes de mando sem solução em Alagoas, como foi no passado e como ainda é.
E não são apenas esses os casos de violência e insegurança. Em Mata Grande, no Sertão, a população sofre permanentemente desde que os dois bancos foram explodidos por bandidos, mais de uma vez. Como o medo por falta de policiamento continua imperando, os bancos continuam desativados.
O comércio está enfraquecido e penalizado. Quem tem dinheiro a receber segue para Delmiro Gouveia, onde aproveita a viagem, resolve os problemas bancários e faz compras. A feira semanal (aos sábados) que terminava por volta das 16 horas agora acaba pouco depois do meio dia. A insegurança afeta a economia frágil do município e da região. E tudo por falta de segurança.
Mais e mais bancos são dinamitados. Falta policiamento no interior e estrutura, ao contrário do que vemos na Ponta Verde, Jatiúca e Pajuçara, em Maceió, por exemplo.
É uma guerra que Renan Filho está perdendo, apesar da propaganda oficial ‘vender’ uma segurança perfeita.