O senador Renan Calheiros (PMDB), que vinha sendo um ferrenho defensor do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) em suas redes sociais desde às vésperas do julgamento ainda em primeira instância, optou por não ser tão ágil nas declarações após a manutenção da sentença condenatória (e a ampliação da pena) de Lula pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). 

Por qual razão? 

A última postagem de Renan Calheiros (um vídeo!) é do dia 19 de janeiro. Nela, Calheiros diz que “Lula não pode ser impedido de disputar a presidência da República. Ele tem o direito de ser julgado pelos brasileiros”, como se as urnas fizessem o papel de tribunal diante das graves acusações que substanciam a ação contra Lula. Renan Calheiros agora fará coro ao universo petista de que, conforme a nota do PT, o julgamento foi um golpe arquitetado pela mídia? Pregará também todo apoio a candidatura de Lula já lançada pelo PT. 

Nos bastidores, dizem que o PT trabalha já com o plano B: amadurecer o nome de Fernando Haddad (PT), que foi prefeito de São Paulo, caso não consiga êxito nos caminhos jurídicos que ainda buscará traçar. Calheiros é o maior aliado de Lula em Alagoas, devido sua projeção local e nacional. Se seguirá ou não na ferrenha defesa, aguardemos... Há quem diga que o senador deve também repensar estratégias. Afinal, tem uma dura eleição pela frente, apesar de aparecer como líder de intenções de votos em muitas pesquisas eleitorais. 

O fato é que as posições públicas de Calheiros sempre são cirúrgicas e apoiadas em uma série de circunstâncias previamente avaliadas. É um enxadrista nato...
 

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