Em entrevista ao Portal CadaMinuto, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça - que tem sido cotado para uma candidatura ao Senado Federal - falou sobre o assunto e a possível pretensão de entrar na vida política por meio de cargo eletivo.
Inclusive, no início desse ano, circulou a informação de que o procurador teria recebido o convite para ser vice do governador Renan Filho (PMDB), na disputa pela reeleição do chefe do Executivo.
Alfredo Gaspar de Mendonça foi titular da pasta da Segurança Pública no governo de Renan Filho, mas destacou que nunca recebeu convite por parte do peemedebista e que não possui ligação política com qualquer grupo que seja.
“Faz tempo que não converso com o governador sobre assuntos até mesmo institucionais, como o orçamento, por exemplo. O governador nunca me chamou para ser candidato sequer a vereador quanto mais a vice. Qualquer pessoa que fosse convidada se sentiria lisonjeado. Mas, essa temática de candidatura a vice não passa na minha cabeça e nunca convite sequer parecido foi feito. Nunca tratei com o governador temática relacionada a este tipo de fato”.
Quanto a uma possível candidatura neste ano, Alfredo Gaspar de Mendonça diz que somente em abril - “se assim acontecer” - ele deve se encaminhar “em busca de uma escolha partidária”. “Essa é uma temática que só iriei discutir em abril. Meus dias estão sendo ocupados completamente pela agenda do Ministério Público”.
O procurador-geral de Justiça também falou sobre movimentos que passam a defender a candidatura dele: “como cidadão brasileiro eu tenho notado uma decepção generalizada não apenas com a classe política, mas com integrantes dos poderes constituídos. Tenho visto como a classe política tem se comportado perante as grandes demandas nacionais. Não dá mais para receber esse quantitativo de notícia de desvios de recursos públicos com números que ninguém consegue nem mais acreditar. Sou um cidadão desencantado com a política do meu país. Se há uma alma perdida lembrou do meu nome, eu me sinto honrado. Mas, tomarei o destino e a decisão em relação a isso só em abril. O prazo não permite que se estenda até abril. Até lá a agenda são as demandas do Ministério Público, mas agradeço a essas almas penadas que citam o meu nome: é motivo de orgulho para mim”.
O procurador também foi indagado - em função de ter sido titular da Segurança Pública - se teria vínculos com o grupo político do senador Renan Calheiros (PMDB).
“Vou falar de forma objetiva: meu pai, de 20, 30 anos pra cá, sempre esteve ao lado do senador Fernando Collor (PTC). Eu era tachado como alguém ligado ao Collor, que nunca me ligou no aniversário, para perguntar como eu estava, nunca esteve na minha casa, nem eu na casa dele. Era visto como ligado ao Collor até virar secretário de Renan Filho. Aí passaram a me ligar ao Renan Filho. O Alfredo é uma pessoa independente. Eu não tenho ligação política com ninguém. Mas, fui secretário do governador Renan Filho. Assumi e não me arrependo. Tive apoio dele para assumir o cargo de forma técnica. Nunca sentei com o governador para discutir política ou pensar o meu destino político”, explicou.
“Eu rompi a ligação técnica com o governo. Respeito o governador, como respeito todos os cidadãos alagoanos. Mas, não tenho ligação política com quem quer que seja. Se você fizer uma análise das minhas ações profissionais você vai conseguir desmanchar qualquer ligação política com quem quer que seja. Em ações penais promovidas pelo Ministério Público, acabei entrando em todos grupos políticos. Atuei como investigador principal em processos que mexeram com esse ou aquele agente político”, complementou.
Nos bastidores se fala de um diálogo de Alfredo Gaspar com o PSL. O procurador reforça que não discute seu destino com partidos ainda. “Tudo será em abril, caso haja essa vontade”. Em breve, publico a entrevista na íntegra.
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