Embora o Brasil seja o quarto maior exportador de carne de porco do mundo, o consumo dessa saudável fonte de proteína animal pelos brasileiros ainda é muito baixo. Para se ter uma noção, segundo estatísticas da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, em quase uma década, mundialmente houve um crescimento de 87% no consumo do alimento. Já em nosso país foi registrado apenas 28.8%.

Entre os principais motivos para o pouco consumo de carne de porco no Brasil estão a desinformação sobre a qualidade das peças e seus benefícios para a saúde. Os cortes suínos ainda sofrem com o preconceito devido às doenças que poderia causar, como cisticercose e teníase. No entanto, a produção evoluiu durante as últimas décadas e, segundo especialistas, as chances de contaminação são muito pequenas se o consumidor comprar uma carne suína com procedência.

Benefícios do consumo de carne suína

A carne de porco hoje em dia tem a metade dos níveis de gordura que tinha nos anos 80 e 90. Embora isso seja um fato comprovado pelo Serviço de Segurança e Inspeção Alimentar dos Estados Unidos, muita gente ainda desconhece essa realidade no Brasil e no mundo.

Diferente do que ocorria antigamente, os porcos são alimentados com ração de primeira e passam por um controle de qualidade mais rigoroso desde a criação. O que resultou em uma carne mais nutritiva e com maior qualidade.

Mesmo com essas e outras melhorias na produção, em nosso país, o consumo de carne suína ainda é associado a doenças. O que mantém a maioria da população sem aproveitar seus benefícios.

Cortes com pouca gordura

Há quem acredite até hoje que a carne de porco possui mais gordura do que a bovina. Mas, esse é apenas mais um mito que afasta os brasileiros do consumo desse tipo de alimento saudável. Segundo especialistas, em termos de colesterol, as peças suínas têm níveis semelhantes em relação às carnes de frango (e outras aves) e de boi.

Para se ter uma ideia, a costela de porco é menos gordurosa do que a sobrecoxa de frango. Evite apenas consumir em excesso os cortes com maior índice de gordura como paio, bacon e toucinho.

Carnes de porco: cortes magros

● Paleta suína

● Lombo

● Pernil de porco

Com o consumo moderado até 3 vezes por semana, a carne magra de porco é considerada um hábito bom para a saúde.

Menos sal

Pouca gente sabe, mas a carne de porco tem muito menos quantidade de sódio quando comparada a outras espécies. Por esse motivo é recomendada para quem precisa controlar a ingestão de sal. Ou seja, é uma excelente escolha para quem sofre de pressão alta e também para quem deseja prevenir hipertensão.

Rica em nutrientes

A proteína é outro benefício do consumo da carne de porco. Ela é uma excelente pedida para quem deseja aumentar os músculos já que oferece Leucina (que é um aminoácido fundamental para hipertrofia). Além disso, também é possível obter outros nutrientes importantes para uma alimentação balanceada como:

● Ferro

● Vitaminas do complexo B

● Sais minerais

● Zinco

Carne de porco não é contaminada com hormônios de crescimento

Embora seja tradicionalmente considerada mais saudável, o consumo de frango vem sendo colocado em xeque nos últimos anos. Isso porque pode prejudicar a saúde devido ao excessivo uso de hormônios para acelerar o crescimento das aves e assim os produtores esperarem menos pelo abate. Desse ponto de vista, é correto afirmar que a carne suína é mais saudável porque a forma de criação dos porcos oferece muito menos riscos aos consumidores. Já que tal prática não ocorre.