O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou o ano de 2017 com alta acumulada de 2,95%, sendo o menor número desde a taxa de 1998 quando ficou em 1,65%. Dados divulgados nesta quarta-feira (10) são 3,34 pontos percentuais menores que os 6,29% do ano passado;

O índice também está abaixo da meta fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e plo Governo, que era de 4,5% (com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos). Dos nove grupos que compõem o IPCA, o setor de Alimentação e Bebidas foi o que mais contribuiu para conter a inflação. Responsável por cerca de 25% das despesas das famílias, o grupo acusou queda acumulada (deflação) de 1,87%.

O resultado decorreu da redução de 4,85% no preço dos alimentos consumidos em casa, com destaque para as frutas (-16,52%), que tiveram o maior impacto negativo (-0,19 ponto percentual).

Já os principais impactos individuais no índice do mês, ambos de 0,09 ponto percentual, foram exercidos pelas passagens aéreas (alta de 22,28%), e pela gasolina (o preço do litro ficou, em média, 2,26% mais caro). Juntos, com impacto de 0,18 ponto percentual, esses dois itens representaram 41% do IPCA de dezembro.

Eles também foram os principais responsáveis para que o grupo Transportes (1,23%) apresentasse a maior alta no mês, considerando-se, ainda, o aumento de 4,37% do etanol, com impacto de 0,04 ponto percentual.

*Com Agência Brasil