Conversei, na manhã de ontem, dia 08, com o ex-deputado estadual e presidente do Serviços de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal), Judson Cabral. Ainda presente no PT, Cabral confirmou que está de malas prontas para o PDT do deputado federal Ronaldo Lessa.
“Está praticamente decidido, mas ainda há questões burocráticas. Tenho uma reunião com o grupo que sempre caminhou comigo, porque ninguém faz política de forma isolada. Vou conversar esse mês com esse pessoal para que possamos consolidar essa mudança e caminhar junto com o PDT. É estar na área que eu sempre atuei que é a centro-esquerda. O chamamento do PDT nos traz reflexos positivos. Se o Ronaldo Lessa afirma que já estou lá é porque as conversas são proativas”, colocou o ex-parlamentar.
Cabral disse que não é uma decisão fácil. “Eu estive no PT por quase 35 anos. Lá estava por questões ideológicas e entendimentos da minha época de juventude. Mas, partido é instrumento para fortalecer a democracia e eu tenho que trabalhar junto a um instrumento que a população está acolhendo. Minha ida ao PDT está sendo bem entendida pela população e isso é positivo e decisivo”.
Lula
Judson Cabral também falou sobre a situação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o Lula (PT), que será novamente julgado pelo Tribunal Regional Federal (TRF-4) no dia 24 de janeiro, que pode confirmar a condenação do juiz federal Sérgio Moro.
“A disputa pelo poder é muito bruta. O Lula incomoda e há esse componente político. Agora, isto não é motivo para que o Lula não responda pelo que cometeu. Tem que responder por tudo aquilo que foi de encontro à lei e às normas. Eu entendo que o processo é de condenação, mas prisão é outra história. É preciso um julgamento justo sem perseguição. Mas, Lula tem que pagar pelo que fez. Que o processo de Lula seja tratado como o de qualquer cidadão. Todos tem que pagar por seus erros na dimensão de seus erros”, opinou Cabral.
A opinião do ainda petista - mesmo com condescendências a Lula - destoa dos demais do partido no qual está de saída. Nesta semana, em Alagoas e no Brasil, o Partido dos Trabalhadores se organiza para exercer, ou pelo menos tentar, pressão sobre a Justiça Federal. O PT conduziu até a formação de um Comitê na busca por defender o ex-presidente e insiste no discurso da condenação sem provas.
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