O ministro Maurício Quintella Lessa (PR) - que se licenciou do cargo de deputado federal para assumir a “patente” no governo do presidente Michel Temer (PMDB) - não descarta a possibilidade de disputar o Senado Federal no grupo de oposição ao governador Renan Filho (PMDB) e o senador Renan Calheiros (PMDB). 

Sem antecipar os passos, Quintella trabalha com as duas possibilidades: a disputa pela reeleição à Câmara de Deputados ou a luta pelo Senado Federal. Há apostas, na oposição, de que o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que recentemente foi um dos alvos da Operação Lava Jato, não sustenta a sua candidatura. 

As denúncias contra Vilela pesam? Pesam. Mas essa não é a única questão e nem a mais importante. 

Há quem faça uma reflexão sobre a viabilidade financeira da candidatura, já que os Vilelas possuiriam - nesse cenário - dois candidatos: além de Teotonio Vilela ao Senado Federal, a candidatura do deputado federal Pedro Vilela (PSDB) à reeleição. Isso implica em custos pesados num cenário difícil de conseguir financiamento. 

Outro ponto é que o PSDB - com uma candidatura do prefeito de Maceió Rui Palmeira ao governo do Estado de Alagoas - ocuparia a cabeça da chapa majoritária o que abriria espaço para os outros partidos negociaram as outras duas posições de vagas ao Senado Federal. Vale lembrar que o senador Benedito de Lira (PP) tem o interesse na disputa pela reeleição e o secretário municipal de Saúde, José Thomas Nonô (Democratas) também quer participar do processo eleitoral estando nas cabeças. 

Quintella não descarta a possibilidade de um cenário favorável a si mesmo. Além disso, o ministro teria o apoio do governo federal em Alagoas já que Michel Temer tem um desafeto por essas bandas: o senador Renan Calheiros. 

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