A movimentação de familiares começou bem cedo nesta segunda-feira (04) na sede do Fórum do Barro Duro para acompanhar o julgamento de Agnaldo Lopes de Vasconcelos, acusado de matar o capitão da Polícia Militar, Rodrigo Moreira Rodrigues, em abril de 2016. Segundo a mãe da vítima, Genilda Moreira Rodrigues, a expectativa é que o assassino "pague pelo que fez".

A mãe do capitão desabafou dizendo que “a cada dia que passa, a dor aumenta”, mas afirmou que espera que o assassino pague pelo crime que cometeu. “Ele desmoronou as nossas vidas, deixou meu neto sem pai. Meu filho era um homem de bem, sem malícia, um menino gigante”.

O promotor José Antônio Malta Marques disse que vai pedir a condenação do réu pelo crime de homicidio qualificado, na qualificadora de quando se atinge um membro da Segurança Pública. Para o promotor, a expectativa é que seja condenação com a pena máxima.

O advogado e assistente de acusação Welton Roberto disse que espera que o assassino seja condenado de 12 a 30 anos de prisão por ter atirado covardemente. “Ele atirou covardemente, duas vezes, contra um representante da segurança pública. Não havia nenhuma situação em que o assassino sentiu ou na verdade estava na situação de ser agredido. O capitão havia subido no muro para saber o que estava acontecendo dentro da casa já que se encontrava na perseguição de um homem que tinha assaltado a mão armada”.

A defesa do réu alegou que o capitão Rodrigues falhou no momento em que ele tentou pular o muro. Segundo o advogado Jionísio Omena, o réu teria confundido o policial com um ladrão e efetuou os disparos.

De acordo com o processo, no dia 9 de abril de 2016, no bairro Santa Amélia, no Conjunto Jardim Petrópolis II, em Maceió, a Polícia Militar realizou uma operação de busca a um celular quando bateu à porta de Agnaldo Vasconcelos, pois o rastreamento via GPS indicava que o aparelho poderia estar naquela residência. Posteriormente, foi constatado que o celular estava, na realidade, em uma casa próxima.

Agnaldo não abriu a porta, e quando o capitão Rodrigues tentou pular muro, foi atingido por disparos efetuados pelo morador. A defesa afirma que os policiais não se identificaram corretamente e que o réu agiu em legítima defesa. A acusação sustenta que o réu sabia que se tratava de policiais. O réu foi preso no dia seguinte e está custodiado desde então.

*Estagiário