Em um discurso objetivo, o novo reitor da Uncisal, Henrique Costa, fez duras críticas à forma como a universidade vinha sendo gerida e apontou para práticas administrativas como sendo responsáveis pelos problemas enfrentados na Santa Mônica e em outras unidades da instituição.
Costa falou pouco durante a audiência pública de prestação de contas dos recursos do SUS, na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, mas destoou das “versões oficiais” do governo do Estado de Alagoas.
Se o discurso de Costa terá resultados práticos, aí é com o tempo.
Porém, o reitor mostrou que pode ser um incomodo para governistas em função da forma como pretende tratar os problemas que são enfrentados pela Uncisal na atualidade. “A Uncisal deve ampliar sua participação na Saúde e na sociedade e desde o primeiro momento, a pasta da Saúde tem se colocado ¡a disposição de ajudar ao seu complexo hospitalar. Esperamos ser parceiros”, pontuou Costa.
Todavia, ressaltou que são graves os problemas enfrentados pela instituição. “São problemas gravíssimos. Nossos hospitais estão em situação gravíssima. E é preciso entender que apenas a pintura das paredes das unidades não é reforma. Reforma foi só a pintura externa? Há obras indiciadas e com problemas para serem concluídos. São repasses de ordem de milhões e obras que mal saíram da condição de buraco no chão”, destacou.
Henrique Costa voltou a frisar que o problema enfrentado pela Santa Mônica é muito mais de gestão que financeiro. “Medidas serão tomadas”, disse o reitor. Segundo ele, há de incomodar pessoas que estão acostumadas com as velhas práticas administrativas que acabavam contribuindo para o desabastecimento e a ausência de controle do almoxarifado.
“Será instalado procedimento para apuração dos casos de desabastecimento nas unidades hospitalares. O problema não é a apenas a falta de recursos, mas gestão. É preciso operar mudanças e é meu dever dá notícias à população para que esta sabia a realidade que a Uncisal vivencia”, frisou.
O que chama atenção no discurso do novo reitor é o seguinte: 1) ter chamado atenção para o desperdício de recursos em função de problemas de gestão; 2) a possível ausência de controle dos insumos nas unidades que agrava a situação de abastecimento; 3) o fato de reformas servirem apenas como maquiagem das unidades e com isso ter se desperdiçado recurso público e 4) a necessidade de que haja independência na reitoria para que esta não se submeta a um discurso governista e possa falar mais abertamente à sociedade.
Pelo que Costa falou é de se perceber que ele tem mais informações, mas que não podem ser divulgadas sem respaldo e cautela. Por essa razão, os procedimentos que o reitor disse pretender instalar...é aguardar!
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