A Operação Caribdis, deflagrada pela Polícia Federal, teve como base as declarações do executivo Alexandre Biselli, um dos delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato. As declarações foram dadas em abril de deste ano durante depoimento ao Ministério Público Federal (MPF).
Ele contou em detalhes como o pagamento de propina foi organizado e distribuído pelo ex-governador de Alagoas, Teotônio Vilela e seus assessores. Segundo Pacífico, em 2014 a empreiteira pagou mais de R$ 2 milhões ao governador para financiar a campanha do PSDB naquele ano.
Na delação, o executivo afirmou que Vilela organizava e distribuía os lotes do canal do sertão antes mesmo de realizar a licitação e saber qual empresa seria a vencedora do processo. O acordo foi feito com as empresas Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão.
Atualmente, as obras do trecho 4 – citado pela Polícia Federal como alvo das investigações – estão ameaçadas paralisar por falta de verba. De acordo com a PF, os atos ilícitos ocorreram entre os anos de 2009 e 2014, ano que terminou o mandato do ex-governador.
Confira o vídeo com a delação do executivo Alexandre Biselli.