Demissões e paralisação das obras. É o resultada da ausência de recursos para a construção do trecho 4 do canal do sertão que levará a água do rio São Francisco aos municípios de Senador Rui Palmeira e São José da Tapera. 

A situação vem sendo denunciada pelos trabalhadores, que foram contratados pela construtora, que há mais de quatro meses não vem recebendo os repasses do Governo Federal. 

Uma média de 320 trabalhadores estava empenhada na construção, mas com as demissões esse número foi reduzido pela metade. “Existe a previsão de mais demissões e até a paralisação total da obra no começo do próximo mês caso não a construtora não receba nenhum repasse”, disse um dos funcionários. 

Em nota, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) esclareceu que o Trecho 4 do Canal do Sertão já encontra-se com 73% das obras executadas. Mesmo diante do cenário atual, o Governo de Alagoas já quitou, em três anos, mais de R$ 117 milhões da dívida da obra do Canal do Sertão, que chegou a R$ 147 milhões, deixada pela gestão anterior.

Isso possibilitou levar, no mesmo período, a água do km 65 ao km 107, viabilizando interligações de sistemas coletivos de abastecimento, intensificação de políticas públicas de combate à seca e avanço de culturas irrigadas de pequenos e médios produtores.

Agora, a Seinfra atua na adequação do contrato, para dar mais celeridade aos trabalhos e permitir a abertura de novas frentes de trabalho, suprindo, de tal modo, demissões registradas na atual conjuntura - na qual é identificada redução generalizada no repasse de recursos do Governo Federal para todas as importantes obras do país.