Mães de crianças e adolescentes especiais entraram em contato com a reportagem do Cada Minuto, na tarde desta terça-feira (28), após a divulgação de vídeos nas redes sociais, mostrando a sujeira dentro de uma piscina no Centro de Educação Especial Professora Wandette Gomes de Castro, localizado no bairro do Poço, em Maceió.
Segundo Rosa Maria de Lima Silva, mãe de uma criança com autismo, o local onde seriam realizadas atividades aquáticas está desativado há mais de dois anos e hoje serve apenas para atrair mosquitos e acumular lixo, prejudicando o tratamento das crianças que necessitam dessas atividades.
A piscina está repleta de lodo, lixo, focos de mosquito e com a coloração da água bastante turva. “Há aproximadamente dois anos a piscina se encontra desse jeito. Lá existem muitos mosquitos nas salas de aula, o que é arriscado, pois as crianças podem pegar dengue, zika ou outras doenças com a transmissão por esses insetos”, disse.
De acordo com Rosa Maria, assim como ela, outras mães já fizeram várias reclamações aos gestores do local, porém, nada foi feito até o momento. “Sempre que procuramos a gestão para solicitar a ativação das atividades na piscina, a única informação que nos é dada é que já foram encaminhados dois ofícios para a Secretaria de Educação e que não obtiveram resposta” afirmou.
Segundo a denunciante, as atividades aquáticas contribuem para melhorar a ansiedade e a hiperatividade das crianças. “Uma piscina nesse estado não faz bem a saúde, e as nossas crianças especiais necessitam de atividades aquáticas. As nossas crianças são prejudicadas, e poderiam ter mais um atendimento importante na recuperação, porém nada esta sendo feito para mudar essa situação”, completou Rosa Maria.
Em nota, a assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) informou que já tomou as devidas providências contra a direção da escola. "É inconcebível permitir tal situação. Há menos de um ano, a Seduc fez a limpeza geral da piscina que deve ser mantida pela gestão do Centro Educação Especial Professora Wandette Gomes de Castro. Todas as escolas recebem, desde 2015, recursos do programa Escola da Hora para custeio e capital, ou seja, para manter o prédio em perfeitas condições", conclui a nota.
Veja vídeo;
*Estagiárias