No 25 de novembro, a Tribuna Independente, trouxe uma excelente matéria sobre o quadro dos prefeitos e seus partidos no Estado de Alagoas. O que fica visível: o PMDB promove um verdadeiro “arrastão” nas siglas adversárias em busca de filiar os gestores. 

A ideia é esvaziar o “ninho tucano”, enfraquecendo o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) e o ex-governador e pré-candidato ao Senado Federal, Teotonio Vilela Filho (PSDB). 

Como mostra a reportagem assinada por Carlos Victor Costa, o PSDB sofre com a debandada. Se, no pleito passado, elegeram 17 prefeitos, agora possuem apenas 9. Alguns exemplos: Joãozinho Pereira (Teotônio Vilela) e Aldo Popular (Porto Real do Colégio) saíram do lado tucano e foram para o PMDB.  

O objetivo de Renan Filho e do senador Renan Calheiros é uma eleição de “bastidores”, limitando a disputa e construindo um ambiente de tranquilidade para que não haja surpresas. 

Renan Filho é um governador bem avaliado e não enfrenta os mesmos problemas que o pai. O senador Renan Calheiros tem uma série de adversários e também enfrenta desgastes por conta das denúncias sofridas, apesar de ter conseguido arquivar algumas dessas no Supremo Tribunal Federal (STF). 

A aliança com o PT também tem seu preço. 

Fora isso, Calheiros sempre foi um excelente enxadrista - como se viu nas eleições passadas - para montar cenários favoráveis a ele, em que alguns potenciais adversários são tirados de cena antes do processo. 

Quem tá na bronca é Vilela. O ex-governador diz que quando comandou o Palácio República dos Palmares nunca pediu ou induziu prefeito a vir ao seu partido. “Não tirei prefeito de nenhum outro partido e sempre dei atenção a todos”, disse a reportagem. O ex-governador não usa essas palavras, mas fica claro na entrelinha que tem achado o comportamento dos rivais algo desleal. “Quando um prefeito foi eleito, ele é um representante do povo e tem que ser respeitado”. 

Vilela classifica o “arrastão” do PMDB como política arcaica e não condiz com valores republicanos. Diz ainda que alguns prefeitos deixam o “ninho tucano” de forma constrangida. Para quem ainda achava que havia uma “aliança branca” entre Teotonio Vilela Filho e o senador Renan Calheiros, as declarações fortes dadas à Tribuna Independente, mostra um Vilela disposto a briga. 

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