Milhares de consumidores foram na manhã desta sexta-feira, 24, ao calçadão, no Centro de Maceió, para conferir as promoções das lojas que aderiram ao dia de queima de estoques do ano: a Black Friday, que ocorre no Brasil desde 2010 e dá início às vendas natalinas.

Apesar das promoções estarem expostas para quem quiser ver nas portas das lojas, o preço não agradou muito o consumidor. Muitos deles criticaram o preço que continuou praticamente o mesmo de semanas atrás. É o caso da estudante Amanda Silva, de 20 anos, que chamou o evento de “Black Fraude”, devido a uma prática que já se tornou comum por alguns lojistas nesta época.

“Isso tudo é uma farsa, na verdade. Deveria ser Black Fraude, porque uma semana ou duas antes está o preço normal, depois eles aumentam e hoje diminuíram para o que sempre foi. Isso acontece sempre, todos os anos. É decepcionante você vir de longe, pesquisar os preços e ver os mesmos valores”, disse ela que afirmou ter pesquisado os objetos que comprou antes da Black Friday.

 

Movimentação no calçadão durante a Black Friday (Foto: Bruno Levy/CadaMinuto)

 

A prática reflete na diminuição das compras e da movimentação. A reportagem do CadaMinuto percebeu um número menor de pessoas em relação ao ano passado e de muita gente saindo de mãos vazias de dentro das lojas. Porém nem todos se mostraram instisfeitos com os preços, como o também estudante Jamerson Douglas, de 20 anos, que viu a oportunidade de comprar uma TV que estava em um preço acessível e não perdeu tempo. “A promoção da Black Friday, pelo menos na televisão que comprei, tá num bom preço. Mesmo não tendo pesquisado, aproveitei a oferta e estou levando a TV”, afirmou Jamerson que participou de uma Black Friday pela primeira vez.

Os produtos mais vendidos que a reportagem observou foram as Smart TVs e ventiladores. Outros produtos como smartphones, vestuário e acessórios também foram bastante procurados.

A Black Friday

A Black Friday é o dia que se inaugura a temporada de compras natalícias com significativas promoções. Iniciada nos Estados Unidos, a prática chegou ao Brasil em 2010 e cresce cada vez mais. A prática ocorre a cada última sexta-feira de novembro, daí o nome “Sexta-feira Negra”, em português.

De acordo com a consultoria do Ebit, especializados em comércio eletrônico, a Black Friday deve movimentar mais de R$ 2 bilhões, um crescimento de 15,9% em relação ao ano passado. Já a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico estima que a data movimente R$ 2,5 bilhões, um aumento de 18% ante 2016.

*Estagiário