Não é novidade os problemas que são enfrentados pela área da Saúde no governo de Renan Filho (PMDB). A crise dos fornecedores sem receber, por exemplo, ainda parece longe de uma solução e já foram vários protestos realizados por empresários, sendo um deles na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. 

Não bastasse isso, no histórico ainda há uma operação da Polícia Federal justamente relacionado ao abastecimento da pasta e a forma como foram feitas compras para o setor. É verdade que também atinge o governo anterior, mas em maior parte o alvo foi a atual gestão estadual e seus procedimentos. É só buscar o histórico do que foi publicado na imprensa. 

Agora, como mostra manchete do CadaMinuto, a maternidade Santa Mônica volta a apresentar problemas com o desabastecimento de insumos e correlatos. A unidade hospitalar - que é ligada à Uncisal - não tem conseguido entender aos pacientes e houve o fechamento de alguns setores importantes como a UCI e a UTI neonatal. 

Não pode ser jamais visto como um caso isolado diante de tantos acontecimentos. Como coloca o CadaMinuto, a situação na maternidade é grave e tem faltado material de rotina médica como fio de sutura, cânulas para traqueostomia, bolsa plástica para a administração de alimentação especial, agulhas, seringas e luvas. 

Em 2015, quando apresentava um programa na Rádio Globo, recebi de médicos do HGE reclamação semelhante sobre desabastecimento, inclusive com o uso de fios de sutura vencidos. Mostrei o caso também nesse blog. Já desde então falava do problema com os fornecedores. 

Outros veículos de comunicação também o fizeram. 

Na Casa de Tavares Bastos, os deputados estaduais Rodrigo Cunha (PSDB) e Bruno Toledo (PROS) foram os únicos a apontar para a questão, cobrando solução e resposta efetiva do governo do Estado de Alagoas. 

Quando os problemas se repetem e apresentam um diagnóstico crônico e semelhante em vários setores é hora de se indagar se a questão que se arrasta não seria um caso de ausência de competência administrativa. 

É alarmante saber que servidores afirmam que a unidade da Santa Mônica funciona apenas com 10% e sua capacidade material. Em outubro desse ano - vale lembrar - o Ministério Público Estadual fez uma requisição à Justiça do bloqueio de um milhão de reais da conta do Estado para resolver o problema. Era para ser resolvido em 20 dias. 

A Uncisal esta com um novo reitor: Henrique de Oliveira Costa. Mas, não se pode jamais colocar o problema nas costas dele, apesar de ser legítimo indagar ao novo reitor quais as ações que serão tomadas. Em uma primeira entrevista à imprensa Henrique Costa destacou que o problema é administrativo e que vai abrir sindicância. Espero que dessa vez tenha resultado efetivo tal procedimento, pois já existiram outros antes. 

Costa - segundo o CadaMinuto - colocou ainda que o dinheiro para aquisição dos insumos e correlatos está na conta da Uncisal, no entanto, está sendo avaliada junto aos fornecedores a compra de todos os materiais dentro de um prazo ágio.

Passou da hora do governador Renan Filho - que gosta de estabelecer uma comunicação direta com os alagoanos em suas redes sociais por meio das lives (o que é algo muito positivo por parte de um gestor) - falar sobre o tema de maneira profunda, sem ser com pontuações. É hora do governador falar de forma mais ampla sobre o que acontece na Saúde do Estado de Alagoas. 

Estou no twitter: @lulavilar