Os professores e alunos que desenvolvem atividades no Centro Especializado em Fisioterapia e Reabilitação Esportiva (Cefire) novamente foram barrados de entrar no Estádio Rei Pelé nesta quarta-feira (18). O grupo acredita que impedimento de acesso ao prédio é uma retaliação ao pedido negado pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) para que servidores da Secretaria Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj) pudessem ter acesso à academia.

“Nós estamos sem ter o que fazer já que isso é um problema entre a Secretaria e a Uncisal, e ambos precisam resolver, pois os atletas que precisam da reabilitação e os alunos que fazem o estágio no local estão sendo os mais prejudicados”, disse Juluis Bonfim.

 O Cefire é um espaço voltado para o atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e atletas federados e amadores que necessitam de reabilitação, um professor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).

De acordo com a Uncisal, uma reunião agendada para hoje poderá definir o impasse. “Estamos com atletas de 60 anos que representam o Estado nas competições que não podem entrar para fazer o tratamento porque o prédio está fechado. Precisamos de uma definição urgente, pois todos estão sendo prejudicados”, acrescentou Bonfim.

Leia a nota da Selaj

A Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude-Selaj, esclarece alguns fatos referentes a divulgação de fotos e informações, nas quais a secretária Claudia Petuba, teria impedido que funcionários do Centro de Fisioterapia e Reabilitação Esportiva-Cefire de trabalhar e atender pacientes e atletas.

O Cefire foi construído como legado da Copa do Mundo, através de verba do Ministério do Esporte, para fisioterapia, reabilitação e treinamento esportivos, com o objetivo maior de desenvolver o ESPORTE em Alagoas. Na administração anterior do Governo de Alagoas, a gestão foi passada por 20 anos para a Uncisal, com o objetivo de atender apenas alunos e pacientes de fisioterapia esportiva daquela Universidade.

Na gestão atual, a Selaj buscou a Uncisal com a proposta de ampliar o atendimento para atletas, devidamente vinculados às suas Federações, servidores públicos e beneficiários dos programas desta secretaria – em virtude deste público da sociedade ter uma demanda maior que o proposto inicialmente – e na oportunidade um regimento foi estabelecido desta forma.

Porém, com o passar do tempo, o acesso de atletas e servidores ao Cefire foi prejudicado por uma burocracia que não condiz com a necessidade. Existe atualmente uma visão exclusivista, onde poucos podem utilizar o espaço, com uso semelhante ao de clínica privada, sem preocupações com a grande demanda de pessoas que necessitam deste Centro.

Após inúmeros relatos de expulsões e proibições a Selaj voltou a contactar a reitoria da Uncisal, que gentilmente, em reunião, encaminhou pra que a Gerente do Cefire solucionasse o impasse; mas embora tenham sido marcadas três reuniões, a responsável pelo espaço não compareceu, sendo de difícil contato também por ligações. Na manhã desta terça (17/10), mais uma vez, três servidores foram impedidos de utilizar o espaço, mesmo estando com seus nomes constando em lista enviada previamente à Uncisal.

Dentre as medidas adotadas para estabelecer o melhor uso do Cefire, esta Secretaria adotará medidas semelhantes às exigidas pela Uncisal: só liberará o acesso dos seus trabalhadores ao Estádio Rei Pelé quando solicitar formalmente o ingresso deles à Secretaria, informando o nome, função, dias e horários que necessitam ingressar no Estádio para fazer uso do Cefire; preenchidos estes requisitos, terão de pronto seus respectivos acessos liberados.

A Selaj tem como objetivo fomentar o esporte em Alagoas e por isso, defende que o espaço deve ser utilizado pelos atletas que necessitam de oportunidades para melhor desenvolverem seus treinamentos, bem como os servidores públicos que necessitam de contínua valorização. Repudiamos o tratamento desrespeitoso que atletas e servidores receberam no local por recorrentes vezes. Além de ampliação do perfil de usuários, a Selaj defende que um maior número de pessoas possa utilizá-lo, hoje o número de beneficiários é muito baixo, além de não funcionar dois dias na semana, quando poderia atender um elevado número de cidadãos.

A Selaj reivindica melhor uso do espaço, sem garantir trabalho à mais para os servidores da Universidade, tendo em vista que disponibilizará os profissionais para atender a grande demanda da população.